O governador do estado de Chubut, Martin Buzzi, no qual está localizada a sede da empresa petrolífera YPF – expropriada no mês passado pela presidenta argentina, Cristina Kirchner -, disse que a iniciativa vai ser “um grande organizador na área da Patagônia”. Ele lembrou que o pai e o avô trabalharam na empresa. Segundo Buzzi, a iniciativa seguiu o caminho natural e foi correta.
"Para o território, o mais importante era administrar e governar a YPF. Está na genética [da região] e no DNA de nosso povo", disse Buzzi. "Essas coisas são decididas com o coração, mas são resolvidas pela cabeça.”
Em 16 de abril, Cristina Kirchner surpreendeu o mundo ao anunciar a expropriação da YPF. A iniciativa gerou críticas na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos, mas obteve o apoio dos argentinos. O governo alegou que a administração espanhola da empresa era inadequada e não estava promovendo os lucros esperados.
A decisão provocou receios em investidores estrangeiros. A presidenta argentina enviou uma comitiva ao Brasil para se reunir com autoridades, afastar os receios e dizer que os investidores podem continuar a aplicar no território argentino.
De acordo com Buzzi, a privatização, há 20 anos, da YPF foi um golpe para a região de Chubut. "Depois de 1991, passamos a ter maior taxa de desemprego no país. [Na área de] Comodoro Rivadavia, há desemprego recorde de 14%”, disse ele.