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Estado de Minas

Mercados em NY devem abrir em queda com fator Grécia


postado em 15/05/2012 11:01

Os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma abertura em queda nesta terça-feira, pressionados pelo impasse político na Grécia, que deve ser obrigada a convocar novas eleições. A crise grega ofuscou indicadores positivos sobre a economia da Europa e também dos Estados Unidos divulgados mais cedo. Às 10h15 (horário de Brasília), o Dow Jones futuro caía 0,24%, o Nasdaq avançava 0,13% e o S&P 500 perdia 0,24%.

Nesta terça-feira mais cedo, a agência de estatísticas da União Europeia divulgou que o PIB da zona do euro ficou estável no primeiro trimestre do ano, na comparação com o último trimestre de 2011. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam que a economia do bloco tivesse uma contração de 0,2% nos primeiros três meses do ano, entrando tecnicamente em recessão, após a queda de 0,3% no PIB do bloco no fim de 2011. O bom resultado foi puxado pelo PIB da Alemanha, que avançou 0,5%, bem acima da previsão de alta de 0,1%.

Mas perto da abertura dos mercados de Nova York os líderes dos principais partidos políticos gregos saíram de uma reunião com o presidente do país sem um acordo para formar um governo de coalizão. Agora o país deve convocar novas eleições dentro de aproximadamente um mês. Com o provável fortalecimento de partidos que se opõe ao segundo pacote internacional de resgate, aumentam as chances da Grécia deixar a zona do euro, o que causará fortes turbulências nos mercados.


Nos EUA, foram divulgados três indicadores econômicos relevantes. O índice de atividade Empire State, do Federal Reserve de Nova York, saltou para 17,09 em maio, de 6,56 em abril. Já as vendas no varejo no país subiram 0,1% em abril, em linha com as previsões. Enquanto isso, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de abril ficou estável ante março e avançou 2,3% na comparação com abril do ano passado, também corroborando as projeções dos analistas.

No front corporativo, diversas notícias impactam os mercados. No horário mencionado acima, as ações do Groupon subiam 25,69%, após a companhia divulgar na segunda-feira que teve prejuízo de US$ 11,7 milhões (US$ 0,02 por ação) no primeiro trimestre deste ano. Mas o lucro ajustado subiu para US$ 0,48 por ação e a receita saltou 89%, a US$ 559,3 milhões. Analistas esperavam lucro de US$ 0,01 por ação e receita de US$ 530,1 milhões.

Já os papéis da Home Depot recuavam 4,23%, após a companhia divulgar nesta terça-feira que teve lucro de US$ 1,04 bilhão (US$ 0,68 por ação) no seu primeiro trimestre fiscal. A receita cresceu 5,9%, a US$ 17,81 bilhões. Analistas esperavam lucro de US$ 0,65 por ação e receita de US$ 17,96 bilhões.

Na segunda-feira, a francesa Coty retirou sua oferta de US$ 10,7 bilhões pela Avon Products, o que faz os papéis da companhia norte-americana caírem 13,79% no pré-mercado. Outra notícia que está no foco dos investidores é o fato do Facebook ter elevado a orientação de preço para sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) para a faixa entre US$ 34 e US$ 35, de US$ 28 a US$ 35 anteriormente.

Por volta das 10h15 (horário de Brasília), o euro caía para os menores níveis desde janeiro, a US$ 1,2787, de US$ 1,2822 no fim da tarde de ontem em Nova York. O dólar avançava para 80,02 ienes, de 79,85 ienes. O índice ICE Dollar, que pesa a moeda norte-americana ante uma cesta de seis principais rivais, ganhava 0,38%, a 80,917 pontos.


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