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Estado de Minas OPERAÇÃO MERCADO PARALELO

PF apreende R$ 1 milhão em dinheiro e carros de luxo em BH

Apreensão faz parte da operação realizada hoje para reprimir atividades de câmbio ilegal de moeda estrangeira, lavagem de ativos e evasão de divisas


postado em 15/05/2012 12:27 / atualizado em 16/05/2012 08:37


PF divulga imagens de dinheiro apreendido. Montante estava escondido nos veículos apreendidos, parte em uma caixa de sapato e em uma maleta (foto: PF/Divulgação)
PF divulga imagens de dinheiro apreendido. Montante estava escondido nos veículos apreendidos, parte em uma caixa de sapato e em uma maleta (foto: PF/Divulgação)

A Polícia Federal apreendeu R$ 1 milhão em dinheiro e três carros, dois deles de luxo, nesta terça-feira em Belo Horizonte. O material estava em poder de três doleiros investigados na Operação Mercado Paralelo. Pai e filha e um homem que seria o fornecedor do dinheiro são acusados de câmbio ilegal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ao todo, a PF cumpriu quatro mandados de busca, apreensão e sequestro de bens e valores expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas Gerais.

Segundo o titular da Delegacia de Repressão contra Crimes Financeiros de Belo Horizonte, Renato Sarquis Soares, os doleiros usavam o mecanismo conhecido como “transferência de cabo” ou “dólar cabo”. Pelo sistema, o cliente deposita o valor para troca de moedas em contas no nome de laranjas e recebe o montante, já convertido, em uma conta bancária fora do país, sem obediência às normas do Banco Central. O dekegado também informou que o pedido de prisão temporária dos suspeitos foi negado pela Justiça. Ainda assim, o policial informou que eles serão intimados, interrogados e indiciados.

Segundo as investigações, um dos doleiros fazia as transações perto de um hotel no Alto da Avenida Afonso Pena, no Bairro Mangabeiras, onde morava em um quarto alugado em nome da filha. O acusado, cujo nome não foi divulgado, já responde a três ações por crimes contra o sistema financeiro, com uma condenação, e já tem duas execuções fiscais. Além dos doleiros, a polícia investiga a participação de dois empresários no esquema.

Paraíso fiscal

Segundo o delegado, os suspeitos trabalhariam por atacado e varejo, o que dificulta chegar a uma movimentação financeira mensal. Renato Sarquis Soares disse que os investigados abriam contas em nome de outras pessoas, para receber valores pingados dos clientes. Depois de fazer a conversão para moeda estrangeira, o montante era repassado a contas dos clientes em paraísos fiscais. Para valores menores, o custo do dólar era um pouco mais alto, de onde saía o lucro do suspeito. Os pagamentos de taxas e impostos, como o IOF, não eram cobrados, o que também é ilegal.
 


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