O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, negou qualquer mudança no plano de resgate aprovado para a Grécia.
"De nenhuma maneira modificaremos os compromissos que exigimos à Grécia", afirmou em uma entrevista coletiva.
"A Grécia precisa de um governo democrático e deve cumprir com seus compromissos para recuperar a confiança", completou Barroso.
Atenas, que sofre com uma grave recessão, anunciará nesta quarta-feira um governo de transição que comandará o país até as eleições legislativas de junho, as segundas em menos de dois meses, uma situação que gera nervosismo nos mercados e multiplica as dúvidas na Eurozona.
De acordo com a imprensa, as eleições acontecerão em 17 de junho, mas a data será confirmada oficialmente ainda nesta quarta-feira após uma reunião dos partidos com o presidente Carolos Papulias.
A falta de um acordo entre os partidos para a formação de um governo coalizão provocou a convocação de novas eleições.
O primeiro-ministro espanhol, o conservador Mariano Rajoy, afirmou nesta quarta-feira que a saída da Grécia da Eurozona seria um "erro maiúsculo" e uma notícia ruim, no momento em que a Espanha, sob a pressão dos mercados, preocupa os investidores.
Ele também pediu que a União Europeia defenda a solidez das contas públicas dos países membros.