O Índice de Clima Econômico (ICE) brasileiro, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou estável, entre janeiro e abril deste ano, em 6,2 pontos. O indicador, divulgado hoje (16), serve para monitorar e antecipar tendências econômicas, com base em dados fornecidos trimestralmente por especialistas na economia do país.
Um dos componentes do ICE é o Índice da Situação Atual (ISA) que diminuiu de 6,3 para 5,6 pontos. Já o Índice de Expectativas, que traz a percepção para os próximos seis meses, aumentou de 6 para 6,7 pontos.
Como em ambos os índices o Brasil teve mais de 5 pontos, considera-se que o país está em fase de expansão econômica. As outras fases do ICE são recessão (quando ambos subíndices estão abaixo de 5) e recuperação (quando o IE é superior e o ISA inferior a 5).
Na avaliação dos especialistas, o principal problema apontado do Brasil é a falta de competitividade e de mão de obra qualificada.
Na média, o ICE da América Latina aumentou de 5 para 5,2 pontos. Entre os 11 países latino-americanos pesquisados, o Brasil ficou atrás do Peru (7,2), do Equador (6,7), da Colômbia (6,7) e do Uruguai (6,4) e empatou com o Chile, que também teve 6,2 pontos.
Na média mundial, o ICE passou de 4,6 para 5,3 pontos. A melhora foi puxada pelo IE, que aumentou de 4,6 para 5,8 pontos. Já o ISA, embora tenha registrado um pequeno aumento, continua na zona de avaliação desfavorável. Com esses resultados, o mundo saiu da fase de recessão e passou para a de recuperação.
O Índice de Clima Econômico é calculado, em parceria com o instituto alemão Ifo, com base em notas de 1 a 9 atribuídas por especialistas em economia de cada país.