A geração de emprego e o aumento da renda levaram o Comércio a assumir, pela primeira vez, a liderança no número de empregados assalariados com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Central de Empregos 2010 (Cempre), divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Comércio ficou com uma fatia de 18,7% dos 43 milhões de trabalhadores formais no País, à frente da Indústria da Transformação (18,6%), da Administração Pública (17,3%) e da Construção (6,1%).
"Foi a primeira vez que o Comércio assumiu a liderança no pessoal ocupado assalariado. O setor já liderava em número de empresas e em pessoal ocupado total (que inclui proprietários e sócios)", explicou Denise Guichard, gerente de Planejamento, Disseminação e Análise do Cempre. "O que explica essa liderança é justamente o aumento da massa salarial, da renda, que levou a um aumento do consumo. Isso reflete em aumento do emprego no Comércio."
Denise também chamou atenção para a recuperação do emprego formal na Indústria da Transformação, puxada justamente pelos setores mais ligados ao consumo doméstico. Depois de um 2009 difícil, quando o setor contratou apenas 42.388 pessoas, houve recuperação na contratação em 2010, com a abertura de 527.002 vagas. "A recuperação na geração de emprego na Indústria da Transformação foi muito voltada também ao consumo, como produção de alimentos, bebidas e vestuário", informou a pesquisadora do IBGE.
Na passagem de 2009 para 2010, o Comércio gerou 601.887 novas vagas; a Construção, 378.615; as Atividades Administrativas e Complementares, 353.195; e o setor de Transporte, Armazenagem e Correio, 351.408.