O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou hoje a Carta de Conjuntura que prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vai crescer entre 2,8% e 3,8% neste ano. Para a inflação, o Ipea projeta taxas entre 4,3% e 5,3%.
O coordenador do Grupo de Análises e Projeções do Ipea, Roberto Messenberg, disse que essa projeção leva em consideração um quadro de não deterioração forte da economia internacional.
Apesar do desempenho fraco da atividade econômica, no primeiro trimestre, o Ipea aposta que no restante do ano haverá aquecimento. Isso, entretanto, não será suficiente para fazer com que o PIB cresça de forma mais significativa.
Messenberg disse que o que sustenta a previsão de aumento do PIB é o consumo. Segundo ele, houve um ajustamento de estoques, “que está provocando uma elevação gradual da produção ao longo do tempo, em função da manutenção de um nível elevado de consumo, mas com taxas de moderação”.
Isso ocorre, segundo ele, por causa de um crescimento mais moderado do crédito e da permanência de um nível de renda elevado, devido à expansão acentuada do emprego. Advertiu, contudo, que essas variáveis se acham em ritmo de acomodação.
Para a inflação, o Ipea projeta que o centro da meta estabelecida pelo governo de 4,5% possa ser alcançado. A expectativa do instituto é desinflação ao longo do tempo, devido a uma pressão menor das commodities, alimentos, insumos industriais, matérias-primas brutas e agrícolas”.