A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse nessa quinta-feira que se recusa a negociar com o governo interino da Grécia. Acrescentou que prefere aguardar as eleições legislativas, antecipadas para 17 de junho, para levar adiante o diálogo sobre o plano de austeridade a ser adotado no país. Para analistas políticos, há riscos de a Grécia ser retirada da zona do euro.
De acordo com Lagarde, o FMI, porém, pretende manter o diálogo com a Grécia. Como interino, o governo temporário não tem o Parlamento a seu favor. A equipe, formada por funcionários públicos e intelectuais, foi montada depois que os partidos políticos não chegaram a um consenso na busca por uma gestão de coalizão.
Nas eleições do dia 6, houve ascensão dos partidos políticos menores cujas campanhas foram a rejeição ao plano de austeridade negociado pelas autoridades gregas com o FMI , o Banco Central Europeu e a União Europeia.
Para os analistas econômicos, o panorama de saída da Grécia da zona do euro é cada vez mais evidente. A impressão é compartilhada pelo FMI. Christine Lagarde, disse que seu trabalho é estar "pronta para tudo".