A presidente Dilma Rousseff aproveitou uma cerimônia pública em Santa Catarina para lembrar que a crise internacional mostrou sinais de recrudescimento nos últimos dias, principalmente, na Europa. Mas garantiu: "Estamos ainda mais fortes do que estávamos em 2008, 2009. Agora, para ter uma ideia, temos cerca de US$ 370 bilhões de reservas (internacionais). Naquela época, nós tínhamos US$ 205 bilhões, e isso é uma garantia, porque você ter US$ 370 bilhões é uma proteção contra o que quer que aconteça no sistema financeiro internacional", disse a presidente.
Dilma disse que, antes, "o mundo espirrava lá fora e pegávamos pneumonia". "Hoje não pegamos pneumonia. Na crise de 2008, 2009, fomos atingidos pelas suas consequências, mas durou muito pouco".
Diante da crise atual, a presidente afirmou que o Brasil "fica muito bem" e foi bastante aplaudida pelos presentes à cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras de construção da ponte sobre a Lagoa de Imaruí (BR 101).
A presidente ressaltou que o Brasil é diferente da Europa, lembrando que os europeus estão enfrentando a crise, sem buscar o crescimento, mas produzindo uma das "maiores recessões que se tem notícia, a ponto de alguns países terem taxa de desemprego que sequer concebemos". Para Dilma, tamanho enxugamento do mercado de trabalho na Europa é um "absurdo", penalizando principalmente os mais jovens. "Metade da população jovem não tem emprego, uma coisa que é um absurdo".
Ela reforçou que o Brasil tem um bom grau de proteção para evitar o contágio. "Nós no Brasil não precisamos encostar nenhum tostão do orçamento para expandir o crédito. Temos no Banco Central em torno de R$ 400 bilhões a título de depósito (compulsório) que os bancos são obrigados a colocar no BC como garantia do sistema financeiro, público e privado. Portanto, nós temos R$ 400 bilhões para enfrentar qualquer emergência de crédito", garantiu.
Ainda sobre a crise na Europa, Dilma foi enfática: "Posso assegurar para vocês que estamos 100% preparados, 200% preparados, 300% preparados".