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Estado de Minas

Aeroportos concedidos terão melhora em 2013, diz Anac


postado em 22/05/2012 13:55

O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, disse nesta terça-feira que espera uma melhora "no curto prazo" na qualidade de serviços dos aeroportos concedidos à iniciativa privada (Guarulhos, Brasília e Campinas). "No início do ano que vem o passageiro deve sentir uma melhora na qualidade."

Ele explicou que, até o final deste mês, os consórcios vencedores deverão assinar os contratos. Mas, durante os próximos três meses, a gestão seguirá com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Após esse período, haverá mais três meses de gestão conjunta entre a estatal e os novos operadores, período que pode ser prorrogado por outros três meses. Portanto, somente após um mínimo de seis meses é que os concessionários estarão livres para fazer todas as mudanças administrativas que planejam.

Já a primeira etapa de grandes investimentos, com vistas à Copa de 2014, deve ser realizada ao longo de 2013 e deve estar concluída até abril de 2014. Guaranys descartou a possibilidade de atrasos nesta primeira fase, apesar do curto período para o desenvolvimento dos projetos - no caso de Guarulhos, por exemplo o novo investidor deverá concluir a construção do terceiro terminal.


"Têm as multas que estão previstas e são pesadas para essas obrigações, principalmente nessa fase, e passam de R$ 200 milhões por não cumprimento e garante que eles vão fazer (os investimentos)", disse Guaranys. Ele acrescentou que espera que os concessionários realizem as obras o mais rapidamente possível para captar a demanda, além de aproveitar a oportunidade com a Copa.

Novos leilões

O presidente da Anac, que participou de encontro de Transporte e Logística promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), disse que ainda não há nenhuma sinalização sobre novos leilões. "Não temos nada no canal", disse, ao ser questionado sobre quais serão os próximos aeroportos a serem leiloados e para quando está prevista a licitação, negando informação veiculada na imprensa nacional de que o governo anunciaria nos próximos dias o leilão dos aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ).

"Após decidido pelo governo, estruturamos a concessão e preparamos a minuta do edital", disse Guaranys. Segundo ele, atualmente a agência está se preparando não só para estruturar uma nova concessão como para o gerenciamento dos contratos. "Mas não temos previsão de novas concessões", reiterou.

O presidente da Anac também comentou que o modelo de novos possíveis leilão não está fechado, e pode ser alterado ao longo do tempo, dependendo do resultado da última licitação. Ele sinalizou, porém, que mudanças devem ocorrer mais para o médio e longo prazos, ao comparar o setor de aeroportos ao de energia . "Ali (no setor de energia), o programa começou em 1996-1997, e o modelo foi sendo revisto, é natural, as condições do primeiro ano são diferentes das condições do décimo ano, então não temos um leilão estabelecido", disse.

Guaranys citou também a expectativa da mudança na viabilidade de alguns aeroportos ao longo do tempo, tendo em vista as projeções de crescimento de demanda. "Foi a mesma coisa com rodovias: no primeiro programa foram leiloados os melhores trechos; na segunda etapa foram concedidos trechos que não eram de tanto interesse antes, mas para os quais houve muita concorrência", comentou.

Segundo Guaranys, o setor privado muitas vezes vê mais viabilidade em determinados projetos do que o próprio governo. "Isso significa que até a nossa sensibilidade do que é viável e o que não é viável pode ser diferente da do setor privado, e isso temos que ir ajustando de acordo com a execução dos contratos. Por isso um aeroporto que achamos que não é viável hoje, pode ser viável se enxergarmos de outra forma."

O presidente da Anac rechaçou, no entanto, a possibilidade de mudança do modelo do maior ágio para o modelo de menor tarifa, defendido na segunda-feira pela Fiesp. Segundo ele, a redução da tarifa de embarque, caso o modelo da licitação fosse esse, não seria muito visível para os usuários por conta da pequena representatividade no valor total da passagem, enquanto pelo modelo de outorga onerosa o governo capta recursos para serem investidos em outros aeroportos. "Têm 700 aeroportos públicos que podem receber voos regulares se investirmos em infraestrutura", disse.


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