Os produtores mineiros adquiriram, no período de julho de 2011 a abril de 2012, cerca de R$ 6,2 bilhões da linha de crédito do Banco do Brasil, criada mediante acordo com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), para os investimentos na safra 2011/2012. O valor é 22% maior que o registrado ao mesmo período da safra anterior. A previsão é de que a demanda total supere os R$ 7 bilhões definidos no acordo.
Na avaliação tanto da Seapa quanto do banco, uma adesão superior a R$ 1 bilhão nos dois meses restantes da safra é possível porque, nesta etapa, as liberações de crédito sempre se aceleram. Segundo o gerente de Agronegócios do Banco do Brasil, Sinvaldo Vieira dos Santos, o momento é favorável à busca do crédito bancário para as atividades agrícolas e pecuárias, inclusive na área de suporte à comercialização e aquisição de máquinas e equipamentos.
Empresarial e familiar
O cálculo do volume de recursos liberados para os produtores mineiros, nos dez meses analisados, envolve 120 mil contratos. Para as atividades da agricultura empresarial, os contratos firmados até abril somam R$ 4,8 bilhões, enquanto a agricultura familiar foi atendida com R$ 1,4 bilhão.
“Em ambos os casos, os maiores volumes de recursos se destinam ao custeio, sendo R$ 2,9 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 735 milhões para a agricultura familiar”, afirma o assessor da Superintendência de Política e Economia Agrícola da Seapa, Alceste Fernando Lima.
Segundo o assessor, o montante do crédito aplicado na agricultura e pecuária de Minas Gerais, nos dez meses analisados, equivale a 16,2% do total liberado no país em idêntico período. O Sul de Minas lidera o ranking das regiões que registram as maiores somas de crédito contratadas para as atividades agropecuárias no Estado, com 27,1% do total liberado. Em segundo lugar vem o Alto Paranaíba, com 16,1% do valor total contratado no Estado. E o Triângulo responde por 10,8%.
Ainda de acordo com Alceste Lima, os produtores buscam um maior volume de crédito principalmente para ter condições de investir em insumos e tecnologia que ajudem a melhorar a produtividade das lavouras. “O objetivo é obter grandes safras para atender à crescente demanda interna e ainda exportar com margens de lucro como em 2011, que foi um período de vendas recordes para o agronegócio mineiro no mercado mundial”, finaliza.
Com informações Agência Minas