A Grécia estaria economicamente melhor fora da zona do euro, afirmou nesta terça-feira o presidente tcheco, Vaclav Klaus, depois da cúpula da Otan, onde advertiu que não existe uma solução iminente para a crise da dívida europeia. "Não há uma solução iminente para a crise da dívida soberana europeia", afirmou Klaus após participar da reunião da Aliança Atlântica realizada em Chicago.
"Os problemas de longo prazo na Europa foram amplamente subestimados, de forma irresmponsável. Esta crise da dívida é apenas a ponta de um iceberg maior, muito maior e profundo", afirmou o presidente. Um dia antes de uma cúpula informal na Europa para abordar a economia da região, Klaus qualificou de experimentos europeus, tanto a ampla unificação artificial do continente e o contínuo enfraquecimento da economia de mercado.
Para o presidente tcheco, a Grécia estava sendo castigada por ser a vítima de um acordo desequilibrado do ponto de vista econômico. "Seria melhor que a Grécia abandonasse a zona do euro, algo que quase não está permitido, que é quase impossível", disse Klaus em declarações feitas no instituto de pesquisa Chicago Council on Global Affairs.
Klaus reconheceu que a saída da Grécia teria consequências importantes, mas disse que o dilema consiste em saber qual desastre seria pior. Além disso, o governante advertiu que apenas as mudanças estruturais podem salvar a União Europeia e discordou da postura dos líderes europeus que afirmam que o crescimento econômico é a solução.