Os contratos futuros de petróleo operam com queda de quase 1%, pressionados pela fuga do risco que se seguiu à declaração do ex-primeiro-ministro da Grécia Lucas Papademos, na terça-feira. Segundo ele, preparativos para uma saída do país da zona do euro estão sendo considerados. No começo da manhã desta quarta-feira os preços atingiram novas mínimas em seis meses na Nymex e se aproximaram das mínimas em cinco meses na ICE.
A aparente disposição do Irã em permitir que inspetores nucleares voltem ao país e as expectativas em relação a um diálogo construtivo nas reuniões entre o país e o grupo formado por Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha em Bagdá, Iraque, sobre o programa nuclear iraniano também estão tirando a força dos preços do petróleo.
"Se houver mais aproximação entre as partes conflitantes ou se a perspectiva de uma flexibilização das sanções for levantada, o prêmio de risco provavelmente cairá mais, derrubando os preços do petróleo", comentaram analistas do Commerzbank.
Os investidores estarão atentos nesta quarta-feira ao relatório sobre estoques nos EUA, que deverá ser divulgado às 11h30 (pelo horário de Brasília). As atenções também estarão voltadas para a reunião de cúpula da União Europeia, prevista para as 14h. "O cenário macroeconômico está oferecendo pouco incentivo positivo depois que o recente otimismo com a cúpula da UE se dissipou", afirmou Jack Pollard, do Sucden Financial Research.
Às 9h10 (horário de Brasília), o WTI para julho caía 0,77% na Nymex, para US$ 91,14 o barril, e o brent para julho recuava 1,06% na ICE, para US$ 107,26 o barril.