Hotéis com bandeiras internacionais e nacionais, que se preparam para desembarcar em Belo Horizonte até a Copa de 2014, chegam com inovações. O foco agora são os investimentos do setor na ampla estrutura tecnológica, com disponibilização de sites e aplicativos para celulares e iPads, e com sistemas de reservas ágeis e menos burocráticos. Os imóveis contam ainda com fitness centers, salas de reuniões e auditórios, atendimento personalizado e exclusivo. Tudo isso em instalações modernas, edifícios com boa localização, fácil acesso e com profissionais treinados e capacitados, bilíngues.
Os sete hotéis que o grupo Maio Paranasa vai construir até a Copa de 2014 são administrados pela rede francesa Accor, o que facilita o processo de reserva pelo cliente, afirma Jânio Valeriano Alves, diretor de desenvolvimento da empresa. “O hóspede quer hoje fazer a reserva pelo computador e celular, quer segurança, padrão de higiene e profissionais que falem outro idioma”, afirma Alves. Se a pessoa está trabalhando, diz, o hotel é ponto de apoio, como se fosse a extensão do escritório.
A Patrimar apostou na americana IGH, detentora da marca Holliday Inn no Brasil, para a construção do seu primeiro empreendimento hoteleiro na capital, que será feito na Savassi. “Depois de pesquisar algumas companhias de hotéis internacionais, percebemos que o IHG era o grupo ideal para colocar em prática esse projeto, pois possui marcas de hotéis reconhecidas e respeitadas no mundo inteiro”, destaca Lucas Guerra, diretor comercial e de marketing da Patrimar. A marca conta com cerca de 720 mil quartos e 4 mil hotéis. “Se a pessoa for se hospedar na Índia ou no Brasil vai saber o que esperar do serviço”, ressalta Guerra.
A rede hoteleira da construtora Direcional vai ser administrada por três bandeiras diferentes. O hotel Tulip Inn, na Savassi, vai ser da Brasil Hospitality Group (BHG), que é nacional e responsável também pela gestão do Golden Tulip, o luxuoso empreendimento que está sendo erguido no Bulevar Arrudas, em investimento de R$ 200 milhões. O Golden Tulip vai contar com 405 apartamentos e vai ter mimos por todos os lados para a clientela, como, por exemplo, o spa da marca francesa L’Occitane.
O One Pampulha By Caesar, também da Direcional, vai ganhar a bandeira do grupo mexicano Posadas Hoteleira. Já o Go Inn, na mesma região, vai ser gerido pela bandeira brasileira Atlântica. “Belo Horizonte hoje é sustentada por parque hoteleiro defasado, com gestão de grupos familiares. Não tivemos a chance de ter a experiência com bandeiras internacionais”, ressalta Júnior Bosco, gerente comercial da regional da Direcional em Minas.
Importância
O diretor de desenvolvimento de negócios e marketing da Bristol Hotéis & Resort, Gilberto Cordeiro, com sede em Curitiba e atuação em nove estados, avalia que a bandeira do hotel é fundamental para o sucesso do empreendimento. “Ela que define como vai ser a administração e tarifas a serem cobradas”, diz. A Bristol inaugura até a Copa quatro hotéis em Minas, sendo dois na Pampulha, um no Bairro Buritis e um em Guapé, no sudoeste do estado.
A revitalização na rede hoteleira atual na capital é necessária, avalia Paulo César Pedrosa, presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Minas Gerais. “Em Belo Horizonte temos hoje uns 10 hotéis que precisam de reforma. Serviços como internet e banda larga são exigências do cliente hoje. E frigobar enferrujado e geladeira sem funcionar são inaceitáveis”, afirma. Segundo a federação, cerca de 70% do faturamento da rede hoteleira vem do mercado corporativo.