Com a retomada da aversão ao risco e a subida paralela do dólar ante o euro no exterior na manhã desta sexta-feira, o Banco Central nem esperou o mercado à vista de câmbio abrir e fez, das 10h às 10h15, uma oferta de US$ 2 bilhões em contratos de swap cambial. A medida pretende conter eventual volatilidade e recondução do dólar à vista para o lado positivo. Na quinta, o dólar à vista terminou em baixa de 0,34%, a R$ 2,0360, no segundo dia de queda seguida em reação à firme intervenção da autoridade monetária.
A estratégia surtiu efeito, pelo menos, por enquanto. O dólar à vista no balcão ampliou a queda registrada já na abertura, de 0,54%, a R$ 2,025, e renova mínimas sequenciais. Às 10h49, estava no piso de R$ 2,0130, com baixa de 1,13%.
Na BM&F, o dólar pronto abriu novamente com atraso, desta vez às 10h23, cotado a R$ 2,0160, em baixa de 1,25%, e às 10h49 também estava na mínima, a R$ 2,0130 (-1,40%). Já o dólar futuro junho de 2012, nesse horário, recuava 0,76%, a R$ 2,0145, após oscilar entre R$ 2,0130 (-0,86%), após o leilão do BC, e uma máxima de R$ 2,0340 (+0,17%).
A intervenção da autoridade monetária ocorreu porque o clima aparentemente favorável nas bolsas europeias mais cedo, com a melhora da confiança do consumidor na Alemanha e na França, foi substituído pela cautela. Com isso, o euro zerou os ganhos iniciais e passou a cair em relação ao dólar. Às 10h52, o euro valia US$ 1,2537, ante US$ 1,2532 no fim da tarde da quinta-feira.