O executivo Patrick Spence, ex-chefe de vendas globais da Research In Motion (RIM), fabricante do BlackBerry, não deve ser o último a deixar a companhia nesta temporada, uma vez que a empresa se prepara para demissões maciças. Diversos gestores já deixaram a RIM desde janeiro, na gestão Thorsten Heins.
A RIM, de acordo com pessoas próximas à empresa, está preparando uma reestruturação global que deve ser iniciada em duas semanas, buscando eliminar pelo menos 2 mil empregos nas operações mundiais da companhia. Uma outra fonte argumenta que os planos de demissões devem ser maiores que isso. A RIM tem aproximadamente 16.500 funcionários em escala mundial.
As vendas da RIM caíram dramaticamente, reduzindo a receita. Dados do National Bank Financial e da empresa de pesquisa IDC sugerem que o BlackBerry responde por apenas 7% do total de encomendas globais de smartphones, uma vez que a RIM perde parcela de mercado para o iPhone, da Apple, e para o programa Android, do Google. "Muitos já estão sendo cortados agora", diz um ex-executivo da RIM.
A próxima rodada de demissões deve ocorrer em 1º de junho, mas alguns esperam ver antes os anúncios. Um porta-voz da RIM se recusou a comentar os "rumores e especulações", mas citou declarações feitas pelo presidente Heins e pelo diretor financeiro, Brian Bidulka, na teleconferência sobre lucros do trimestre passado. Na conferência, em março, os dois executivos disseram que focariam na eficiência, com a meta de economizar cerca de US$ 1 bilhão ao final do ano fiscal em 2013.