As companhias aéreas Azul, terceira maior do país, e Trip, maior empresa aérea regional da América, acertaram ontem a fusão de suas operações no Brasil. O nome da nova empresa será Azul Trip SA. O executivo David Neeleman, da Azul, será o presidente do conselho de administração.
O negócio foi fechado ontem por Neeleman e por José Mário Caprioli, presidente-executivo da Trip, além de Renan Chieppe, presidente do conselho da companhia. Com a união, a nova empresa vai atender 15% do mercado doméstico de transporte aéreo. No total, ela vai possuir 112 aeronaves (62 jatos Embraer e 50 turboélices ATR) e operar pelo menos 837 voos diários em 316 rotas. Até o fim do ano, a frota deve aumentar para 120 aeronaves, segundo a empresa.
Para coordenar a operação, as companhias vão criar um comitê de integração, que deve ser comandado por Caprioli. De acordo com comunicado divulgado pelas empresas, esse comitê terá a função de buscar as melhores práticas entre as companhias. Caprioli deve integrar também o conselho de administração da Azul Trip S.A., ao lado do atual presidente do conselho da Trip, Renan Chieppe, e de Décio Chieppe, representando os grupos Caprioli e Águia Branca, acionistas da Trip. O conselho da controladora também incluirá acionistas da Azul e "profissionais escolhidos de comum acordo entre as partes".
"Juntos, formaremos um grupo com possibilidades ainda maiores de continuar prestando serviços de transporte aéreo cada vez mais acessíveis e de alta qualidade", disse Neeleman, em nota.
"Enxergamos na Azul uma parceira que tem os mesmos ideais e visão de negócios. Buscaremos disseminar as melhores práticas entre as empresas, visando ampliar nossa competitividade no mercado, mantendo o DNA de alto serviço de ambas", disse, também em nota, José Mário Caprioli.
Para ser concretizado, o negócio ainda precisa ser aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Até lá, tanto a Trip como a Azul, bem como suas respectivas divisões de carga, Trip Cargo e Azul Cargo, que igualmente vêm tendo um acelerado crescimento nos últimos meses, continuarão operando suas frotas, equipes e marcas de forma independente.