A alta de 28,9% dos investimentos federais em 2012 decorreu dos subsídios para os financiamentos habitacionais e não das obras públicas. Dos R$ 21,1 bilhões investidos pelo governo federal neste ano, mais de R$ 7 bilhões correspondem aos gastos com o Minha Casa, Minha Vida. Sem o montante, esse tipo de despesa teria registrado queda.
Excluindo o programa habitacional, os investimentos federais registraram queda de 3,5% de janeiro a abril deste ano na comparação com o mesmo período de 2011. Sem o Minha Casa, Minha Vida, o governo desembolsou R$ 14 bilhões diretamente em obras públicas nos quatro primeiros meses do ano, ante R$ 14,5 bilhões no primeiro quadrimestre do ano passado.
Até o ano passado, o Tesouro Nacional não considerava as despesas do Minha Casa, Minha Vida como investimento público. O programa habitacional, no entanto, sempre esteve incorporado aos gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Desde janeiro, no entanto, o órgão mudou o critério de contabilidade e passou a registrar os subsídios para os financiamentos habitacionais como investimento.
Neste ano, os gastos com o Minha Casa, Minha Vida mais do que triplicaram, totalizando R$ 7,1 bilhões entre janeiro e abril. No mesmo período do ano passado, o governo havia desembolsado R$ 1,9 bilhão.