No dia da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), o Ibovespa recuou 1,53%, terminando esta quarta-feira aos 53.797 pontos - seu menor fechamento desde 10 de outubro de 2011, quando havia fechado a 53.273 pontos. A elevação da aversão ao risco derrubou as principais bolsas mundiais levando o dinheiro para investimentos considerados seguros, como os títulos do Tesouro dos EUA. O giro financeiro foi de R$ 6,47 bilhões.
Nesta sessão, o contrato para proteção contra calote na Espanha alcançou nível recorde, mostrando o temor dos investidores após o BCE (Banco Central Europeu) supostamente rejeitar o plano do governo espanhol de financiar o Bankia. O BCE negou ter tido conversas acerca o assunto. A Comissão Europeia sugeriu, por sua vez, sugeriu uma "união bancária" para salvar setor financeiro.
Por aqui, a principal referência foi a reunião do Copom, que deve definir o novo patamar da Selic. O mercado acredita que a taxa básica de juro brasileira deve ser reduzida em 50 pontos-base para 8,5% ao ano.
O dólar encerrou esta quarta-feira em forte alta, voltando a fechar acima dos R$ 2,00, após três dias abaixo desse patamar. O ambiente de maior aversão ao risco, em meio ao desenrolar da crise na Zona do Euro, mostrou seus efeitos sobre o desempenho da divisa norte-americana, levando a uma valorização de 1,47% da moeda, cotada aos R$ 2,0155 na venda.