O Banco do Brasil estima que sua carteira de crédito imobiliário cresça acima de 100% neste ano. Um dos estímulos para isso é a redução de juros anunciada nesta sexta-feira para o segmento, destaca o vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil, Alexandre Abreu.
A meta inicial do BB para 2012 era que a carteira imobiliária crescesse até 100%. "Este número agora é o piso", disse o executivo em teleconferência nesta sexta-feira sem especificar qual o novo porcentual de expansão prevista.
O BB quer chegar ao final de 2014 ou no início de 2015 como o segundo maior banco no financiamento imobiliário, mercado hoje dominado pela Caixa Econômica Federal, com 75% dos empréstimos. O Itaú é o segundo colocado, com cerca de 9% do setor. O BB ocupa o quinto lugar, com aproximadamente 4%. "Nesse ritmo que estamos crescendo, temos condições de chegar ao segundo lugar", disse o diretor da área de crédito imobiliário do BB, Gueitiro Matsuo Genso.
Nesta sexta-feira, o BB anunciou redução das taxas do financiamento imobiliário. Para aquisição de imóveis de até R$ 500 mil, por exemplo, o juro foi reduzido de 10% ao ano mais a TR para 8,9% ao ano mais a TR. Com o pagamento das prestações em dia, a taxa cairá para 8,4%. Se o cliente também receber o salário no BB, a taxa será ainda menor, de 7,9% mais TR.
O BB financia imóveis residenciais, novos ou usados, em até 360 meses e até 90% do valor do imóvel. As taxas reduzidas entram em vigor para operações contratadas a partir de 04 de junho. Quem já tomou crédito habitacional no BB, segundo Matsuo, não vai poder ter direito às novas taxas. Segundo ele, os custos do refinanciamento inviabilizam a troca pelo juro menor.