Os grupos Alimentação, Despesas Pessoais e Saúde foram os grupos que fizeram mais pressão sobre o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na capital paulista, que fechou o mês de maio com alta de 0,35%. Os três encerraram o mês passado com variação de, respectivamente, 0,74%, 0,81% e 0,76%. De acordo com o coordenador do IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Rafael Costa Lima, apenas o grupo Alimentação deve seguir pressionando o índice em junho, já que os outros dois vêm mostrando tendência de queda.
Dentro do grupo Alimentação, os preços dos produtos semielaborados subiram 1,21% em maio na comparação com abril, influenciados por carnes bovinas (1,34%) e cereais (5,70%). Entre os sete principais itens que contribuíram para o IPC mais elevado em maio, três fazem parte do grupo Alimentação: feijão, responsável por alta de 0,03 ponto porcentual no índice do mês; arroz, que contribuiu com 0,04 ponto porcentual; e óleo de soja, com 0,03 ponto porcentual.
No caso de Despesas Pessoais, o reajuste do preço do cigarro, em razão do recente aumento tributário sobre o produto, ainda pesou no IPC em maio, mas segundo Costa Lima o item deve deixar de impulsionar o índice em junho. "Na próxima quadrissemana, a primeira de junho, o cigarro deve sair totalmente da composição do índice", diz.
O mesmo deve se ver com os preços dos medicamentos, produtos que mais contribuíram para a alta de 0,76% no grupo Saúde em maio ante abril. Os remédios apresentam alta de 1,39% no período. "O repasse dos reajustes dos medicamentos já chegou a todas as farmácias. A taxa desse item deve zerar já na segunda quadrissemana de junho", afirma Costa Lima.
Os grupos Vestuário, que registrou variação negativa de 0,12% em maio ante abril, e Educação, com alta de 0,05% no período, não devem exercer pressão sobre o IPC de junho, assim como foi verificado em maio, afirmou.