(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ritmo de indústrias brasileiras recua 1,4% no ano


postado em 07/06/2012 07:43

A produção industrial brasileira teve queda em oito das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos quatro primeiros meses deste ano. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física divulgada ontem pela instituição. Em seis estados, houve recuo acima da média nacional, que ficou em -2,8%. A maior queda ocorreu no Rio de Janeiro (-7,5%), seguida de São Paulo (-5,1%), Santa Catarina (-5,1%), Amazonas (-4,5%), Ceará (-3,7%) e Espírito Santo (-2,9%). Em Minas, a taxa ficou em -1,4% e no Pará em -0,1%.

Nos quatro primeiros meses de 2012, a queda na produção em Minas e no Pará foi particularmente influenciada pela menor fabricação de bens de consumo duráveis (automóveis, motos, aparelhos de ar-condicionado, televisores, celulares e relógios) e de bens de capital (especialmente caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques e veículos para transporte de mercadorias), além da menor produção nos setores extrativos (minérios de ferro), têxtil, vestuário, farmacêutica e metalurgia básica.

“O governo editou medidas visando estimular alguns setores, principalmente o automotivo, que tem linha de produção muito longa. Mas ainda é cedo para sentir os efeitos. O resultado da produção industrial é um olhar pelo retrovisor”, avalia Sérgio Cavalieri, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A indústria de fundição em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, já se ressente da queda na produção. Segundo o IBGE, a retração da produção na metalurgia básica do estado foi de -9,5% entre abril e março de -9,9% no acumulado do ano. “A gente sente dificuldades porque 60% do nosso setor é voltado para o atendimento da indústria automobilística”, explica Afonso Gonzaga, presidente regional da Fiemg no Centro-Oeste do estado.

Apesar disso, o segmento ainda não demitiu. O esforço caminha no sentido de ajustar o passo, dando férias e realocando funcionários porque a maior parte da mão-de-obra da indústria de fundição é especializada. “Se demitirmos agora e tivermos que contratar em três meses, enfrentaremos problemas. Por isso optamos por arcar com os custos e esperar a retomada do mercado.”


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)