O Banco Central reforçou o entendimento de que a China passa por um processo de desaceleração da economia e que os preços das commodities internacionais devem ser influenciados por esse movimento. No parágrafo 11 da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que em 30 de maio reduziu a Selic a 8,5% ao ano, os diretores do BC afirmam que "os indicadores de atividade para abril, em particular os de produção industrial e de corrente de comércio, apontam desaceleração ao longo do segundo trimestre" na China.
Em outro trecho, o parágrafo 68, os diretores do BC afirmam que "permaneceu a tendência de desaceleração dos indicadores de atividade, em especial do comércio exterior, mas também da formação bruta de capital fixo e da produção industrial" na economia chinesa.
No parágrafo 12, a ata observa que, no passado recente, "a alta volatilidade dos preços das commodities foi influenciada pela ampla liquidez global, em contexto no qual os mercados financeiros se ajustam às novas expectativas de crescimento e à volatilidade nos mercados de câmbio".
A partir de agora, os diretores do BC avaliam que "é plausível afirmar que a redução nas metas de crescimento da China, aliada à fragilidade da economia mundial, deve gerar algum impacto sobre preços de commodities".