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Estado de Minas

Inflação na China desacelera em maio


postado em 09/06/2012 09:37

A inflação na China desacelerou significativamente em maio, enquanto o crescimento da produção industrial subiu menos que o esperado, dando a Pequim espaço adicional para afrouxar a política monetária e estimular a economia. O índice de preços ao consumidor chinês em maio aumentou 3% em relação ao mesmo período de 2011, ante 3,4% em abril, informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas. O indicador também ficou abaixo da mediana das previsões de 15 economistas consultados pela agência Dow Jones, de 3,2%.

"A combinação de queda da inflação e fracos dados industriais dará mais espaço para as autoridades afrouxarem a política", disse Yu Song, economista do Goldman Sachs. "Ainda haverá espaço para o Banco do Povo da China cortar mais a taxa de depósito compulsório (dos bancos) e a taxa de juro."

O desaparecimento da pressão inflacionária nos últimos meses deixou as autoridades chinesas mais confortáveis para conceder suporte à economia, incluindo o corte na taxa de juro na última quinta-feira, o primeiro desde 2008. Analistas dizem que os formuladores de política provavelmente têm acesso a alguns dados econômicos antes de se tornarem públicos. Assim, o BC chinês pode ter visto a leitura da inflação antes de tomar a decisão sobre a taxa básica de juro.

Também divulgado hoje, o crescimento da produção industrial chinesa se recuperou ligeiramente em maio, subindo 9,6% frente ao ano anterior. O indicador superou a alta de 9,3% observada em abril, mas ficou abaixo da mediana das estimativas de 14 economistas pesquisados pela Dow Jones, de 9,9%.


"O ponto de virada ainda não chegou", disse Shuang Ding, economista do Citigroup. "O crescimento econômico ainda está recuando." Ele prevê agora que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês no segundo trimestre fique entre 7% e 7,5%, abaixo da projeção anterior de 7,5%. No primeiro trimestre, o PIB da China subiu 8,1% na comparação anual.

Embora fracos, os números da produção industrial, e outros índices da atividade econômica chinesa divulgados neste sábado, foram menos alarmantes do que muitos participantes do mercado temiam ontem, quando circularam especulações de que o surpreendente corte na taxa de juro poderia ser um sinal de que os dados de maio eram extremamente negativos.

Um indicador que foi motivo de otimismo foi o de investimentos imobiliários. De acordo com o escritório de estatísticas, as aplicações no setor subiram 18,5% no período de janeiro a maio, para 2,22 trilhões de yuans (US$ 348,4 bilhões). O crescimento ficou pouco abaixo dos 18,7% registrados nos quatro primeiros meses deste ano. Mas cálculos da Dow Jones mostraram que somente em maio a alta foi de 18,2%, ante meros 9,2% em abril. "Os dados de maio forneceram sinais de esperança. Nós acreditamos que o mercado imobiliário em grandes cidades se recuperou em março e abril", disse Rosealea Yao, analista da GK Dragonomics.


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