O número de pedidos de falência subiu de 165 em abril para 203 em maio, alta de 23%, o que fez do mês passado o pior maio desde 2009, quando foram registrados 255 requerimentos, informou nesta segunda-feira a Serasa Experian. Na comparação com maio de 2011, quando foram registrados 168 pedidos de falência, o crescimento foi de 20,8%. No acumulado do ano, os requerimentos somaram 817 até maio, ante 738 efetuados no mesmo período de 2011, aumento de 10,7%.
Dos 203 pedidos de maio pelo Indicador de Falências e Recuperações, 105 foram feitos por micro e pequenas empresas. Do restante, 67 requerimentos foram protocolados por médias e 31 por grandes companhias. De acordo com a Serasa Experian, o baixo crescimento econômico, as incertezas globais e o impacto apenas gradual das medidas de estímulo ao consumo aumentam as pressões sobre a cobrança de débitos empresariais e levam ao aumento dos pedidos.
O total de falências decretadas em maio (66) ficou praticamente estável em relação ao mês anterior, quando foram registradas 64. Em maio de 2011, foram 53 falências decretadas, diferença de 24 5% na comparação entre os períodos. Dessas 66 falências, 54 foram de micro e pequenas empresas, 10 de médias companhias e 2 de grandes corporações. O ano soma 278 falências decretadas, ante 261 registradas no acumulado dos cinco primeiros meses de 2011.
O número de pedidos de recuperação judicial também subiu: de 57 em abril pulou para 82 em maio, sendo 44 referentes a micro e pequenas empresas, 20 a médias e 18 a grandes companhias. Foi o maior número de recuperações judiciais requeridas para o mês de maio desde a edição da nova Lei de Falências, há sete anos. "Este avanço revela que há empresas em dificuldades no País e que somente com a retomada do crescimento econômico, esperada para o segundo semestre, essa situação deve ser revertida", afirma, em nota, a empresa. As recuperações judiciais deferidas recuaram de 52 em abril para 49 em maio.