Uma 'troika' integrada pela União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) supervisionará a reestruturação do setor bancário da Espanha, mas se limitará a ele, declarou na segunda-feira o ministro de Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.
"A reestruturação do setor bancário espanhol deve ser negociada caso por caso e será controlada para que chegue a um porto seguro", disse à rádio alemã Deutschlandfunk.
Ao contrário de Grécia, Irlanda e Portugal, a Espanha solicitou no sábado uma ajuda de até 100 bilhões de euros para estabilizar e reestruturar seu setor bancário, não para ajudar a realizar reformas estruturais, disse.
"Enquanto que Portugal, Irlanda e Grécia realizam programas de ajuste macroeconômicos, que são necessários e estão supervisionados (...) a Espanha não precisa disso", afirmou.
O governo espanhol evitou assim um plano de ajuda global para sua economia que teria levado aparentemente a novos sacrifícios para o país - submetido a um doloroso plano de austeridade - e uma tutela de suas finanças públicas. O governo se recusa a falar de "resgate".
"As condições serão impostas aos bancos, não à sociedade espanhola", afirmou o ministro espanhol de Economia, Luis de Guindos.