O empréstimo à Espanha referente ao plano de ajuda aos bancos terá "evidentemente" um impacto na dívida espanhola, disse nesta segunda-feira a Comissão Europeia.
"Haverá impacto porque são empréstimos e terão que ser reembolsados", declarou Amadeu Altafaj, porta-voz do comissário europeu para Assuntos Monetários, Olli Rehn, à imprensa em Bruxelas.
O empréstimo europeu pode ser de até 100 bilhões de euros e será injetado no fundo público espanhol de ajuda à reestruturação do setor bancário (FROB), que entregará depois este dinheiro aos bancos que o solicitarem.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliou na sexta-feira em ao menos 40 bilhões de euros as necessidades de recapitalização dos bancos espanhóis, mas advertiu que serão necessários entre 60 e 80 bilhões para tranquilizar os mercados.
O governo espanhol tem que apresentar oficialmente sua demanda "rapidamente", disse Altafaj.
O FMI proporcionará seus "conhecimentos e sua experiência", mas não participará do financiamento do programa, disse. "É o Eurogrupo que adotará a decisão" de entregar o crédito à Madri, disse.