Após um início de sessão favorável, a taxa de risco - diferença paga pela dívida do país com relação ao que paga o bônus alemão a dez anos - da Espanha voltou a subir, em um mercado preocupado com os efeitos da ajuda da Eurozona na dívida pública do país, arrastando consigo a taxa de risco italiana.
Às 17h33 GMT (14h33 de Brasília), o rendimento do bônus espanhol a dez anos era de 6,508% (contra 6,192% de sexta-feira), apesar de ter recuado a menos de 6% pela manhã. No mesmo horário, a taxa de risco subia para 520,170 pontos. O bônus da Itália com o mesmo vencimento chegou a superar levemente os 6% e a taxa de risco bateu os 473 pontos, também em alta.
A zona do euro acordou no sábado conceder um empréstimo de até 100 bilhões de euros à Espanha para recapitalizar seu setor bancário, que será injetado através do fundo público espanhol de ajuda aos bancos, o FROB. A princípio, o mercado felicitou o plano, mas os investidores se perguntam agora sobre as condições do mesmo.
"Essa dúvida quanto às condições explicam a alta das taxas", diz Frédérik Ducrozet, economista do Crédit Agricole CIB. "Muitos detalhes do plano são ainda desconhecidos, principalmente quanto ao montante e a taxa de juros a ser paga por ele", completa. Segundo um porta-voz da Comissão Europeia, juros de 3% ou 4% seriam razoáveis.