Começam na segunda quinzena de julho as obras para a construção do anel sul da rede de gás natural que servirá as residências da Região Centro-Sul de Belo Horizonte, começando pelo Bairro Santo Agostinho. A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) assinou ontem a ordem de serviço para o início do empreendimento, que deverá ficar pronto em fevereiro de 2013. A iniciativa marca a primeira fase de um projeto que levará o insumo diretamente de uma linha-tronco de aço, derivada do gasoduto já existente sob a avenida Amazonas, para as ruas dos bairros Santo Agostinho e Lourdes, por meio da instalação de outra rede subterrânea de adensamento em polietileno (Pead).
O investimento inicial é de R$ 5,65 milhões, mas a empresa investirá R$ 150 milhões, ao todo, para levar o gás natural a residências de toda a Região Centro-Sul até 2014, num trajeto de 150 quilômetros. A partir de 2015, a rede será estendida para o restante da capital. O projeto de atendimento ao segmento residencial é inédito em Belo Horizonte. O primeiro condomínio a receber o gás natural – o que deve ocorrer em novembro – será o Edifício Chamonix, na Rua Paracatu, no Santo Agostinho. O contrato para o fornecimento do gás também foi assinado ontem. “O fornecimento contínuo traz mais comodidade, além da economia esperada de cerca de 10% pela substituição do outro combustível”, afirma o síndico do edifício, Sérgio Guimarães Villaça.
As obras irão empregar o método não destrutivo de instalação de dutos, com a utilização do furo direcional. “Esse método minimiza os impactos causados para a população, uma vez que a intervenção na rua é pequena e direcionada”, explica o presidente da Gasmig, Fuad Noman. De acordo com ele, o anel sul começa no Santo Agostinho, passa pelo Bairro de Lourdes e de lá por outros bairros como Sion, Belvedere e Buritis, até chegar, rua por rua, ao Bairro Betânia, na Região Oeste da capital. Terão prioridade de atendimento as ruas onde houver prédios com facilidade de instalação do fornecimento. “Estamos oferecendo gás natural a todas as residências desse bairro.”
Segundo o presidente da Gasmig, na primeira fase o anel terá dois quilômetros de extensão, mas será concluído com 16 quilômetros. “A rede secundária, que passa em cada rua, no entanto, é muito grande”, explica Noman. Quando estiver pronto, a anel de aço que distribuirá o gás natural por residências de toda a capital mineira terá 30 quilômetros de cumprimento. A partir desse anel será construída uma rede secundária, que atingirá todas as ruas que formam os bairros. O anel principal é feito de aço e o secundário de Pead, um tipo de plástico especial e resistente que levará o gás natural até as casas, em substituição do tradicional gás de cozinha (GLP).
O objetivo é atender inicialmente todo o Bairro Santo Agostinho, mas a Gasmig dará preferência para os prédios cujos os síndicos estiverem prontos para assinar o contrato. “O gás natural é entre 8% e 10% mais barato que o gás de cozinha tradicional”, sustenta Noman. Segundo ele, porém, a maior vantagem é que o insumo é mais seguro e mais cômodo para os clientes. “Basta abrir a torneira e o gás sai, não é necessário que o prédio tenha depósito de combustível. O gás natural traz grande beneficio para o meio ambiente. Entre os combustíveis fósseis, é o que tem menor impacto.”
Enquanto isso...
…custo é baixo
Segundo o presidente da Gasmig, Fuad Noman, o investimento das residências ou condomínios residenciais para receber o gás natural é pequeno, mas depende da situação de cada imóvel. Os moradores deverão, por exemplo, trocar os queimadores dos seus fogões, e se quiserem aquecimento a gás no chuveiro, terão de adaptar a rede interna. Com o abastecimento a gás natural, os depósitos de gás nas garagens dos prédios serão eliminados. “Os edifícios mais modernos, que têm tubulação externa, nem precisarão mudá-la. Nos prédios mais antigos, os gastos serão maiores.”
Veja por onde vai passar a rede batizada de anel sul
» Começa na Avenida Amazonas, no gasoduto subterrâneo já existente ali.
» Segue para o Bairro Santo Agostinho, onde atenderá primeiro umprédio na Rua Paracatu.
» De lá, será direcionado para as proximidades do Minas 1, em Lourdes.
» Depois, segue pelo Carmo, Sion, Belvedere, Burutis e Betânia.
Obs: a partir desse anel principal é que se dará o atendimento das outras ruas dos bairros, com a construção de ramificações secundárias.