A companhia aérea chilena LAN anunciou nesta terça-feira que não alcançou o percentual de troca de seus títulos com a TAM necessário para concluir sua fusão com a empresa brasileira ao fim da oferta pública de ações (OPA), o que a fez estender o prazo em 10 dias, informou em um comunicado.
O resultado da OPA "obteve 94,4% de apoio, que, embora tenha ficado perto do esperado, não conseguiu superar os 95% impostos pela LAN como condição da oferta de troca", indicou a companhia aérea chilena em um comunicado de imprensa.
Como condição para a fusão de ambas as companhias anunciada em agosto de 2010, para dar à luz a LATAM - a maior companhia aérea da América Latina-, a LAN lançou uma OPA aos acionistas da TAM, em razão de 0,9 ação da LAN por cada uma da TAM.
A OPA, lançada em 7 de maio, tinha alcançado até segunda-feira a 147.836.864 títulos, equivalentes a 94,4% da propriedade acionária da TAM.
Sem ter chegado aos 95%, a legislação brasileira exige que a LAN estenda a oferta por um prazo adicional de 10 dias corridos.
"Portanto, a LAN resolveu estender sua oferta de troca até o dia 22 de junho, data em que espera concluir com êxito a sua associação com a TAM", acrescentou a nota.
LAN e TAM anunciaram em agosto de 2010 a criação da LATAM, a companhia aéra que terá um valor estimado em cerca de 14,5 bilhões de dólares e será responsável por 6% do transporte aéreo mundial.
Em outro passo importante para a fusão, a TAM deixou de cotar na Bolsa de São Paulo em 7 de maio, com o objetivo de operar na Bolsa de Nova York, depois que a união com a LAM estiver concluída.
A LAN anunciou que, para concluir a fusão, ainda resta concluir o processo de registro da companhia na Comissão de Valores dos Estados Unidos (SEC).
A fusão sofreu vários contratempos por acusações de monopólio em rotas aéreas apresentadas por outras companhias, principalmente relativas a rotas entre Chile e Brasil. Os tribunais permitiram a criação da aliança, mas impuseram uma série de medidas de mitigação.