O leilão dos quatro lotes nacionais da quarta geração (4G) de telefonia móvel terminou com ágio de 35,69% em relação ao valor mínimo proposto pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O somatório das propostas apresentadas pelas companhias vencedoras do certame é de R$ 2,56 bilhões, enquanto o pedido mínimo era de R$ 1,89 bilhão. Com isso, a expectativa é que o valor previsto para os 273 lotes supere a cifra de R$ 3,8 bilhões estipulada inicialmente pela agência reguladora. Em Belo Horizonte e nas outras cidades da Copa das Confederações, o serviço deve estar disponível até 30 de abril de 2013, garantindo velocidade na transmissão de dados cerca de 15 vezes maior que a do serviço ofertado hoje.
Com propostas ousadas, Claro e Vivo ficaram com os dois lotes mais cobiçados do leilão. As telefônicas entregaram envelopes com ágio de 34,01% e 66,61%, respectivamente, para os lotes 2 e 3. A maior demanda pelos lotes se deve à extensão e qualidade da faixa. Enquanto isso, os outros dois ficaram com TIM e OI, mas o ágio para as duas redes ficou abaixo de 10%. A justificativa para a diferença de valor é que os primeiros espectros permitem velocidade até 2,5 vezes maior, podendo atingir até 100 megabits por segundo em condições ideais, enquanto as outras podem ter pico de 40 mbps. Não houve propostas pelo lote que corresponde à internet móvel rural e as quatro vencedoras devem assumir a universalização desse serviço.