O ministro da Fazenda, Guido Mantega, salientou na manhã desta quinta-feira que a isenção de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos de longo prazo faz parte de um conjunto de medidas que o governo vem usando recentemente. "Esta não é a primeira medida. Os bancos públicos estão aumentando o crédito, o compulsório está mais fácil para bancos e os bancos privados também estão aumentando o crédito", enumerou.
Mantega destacou que a decisão publicada hoje no Diário Oficial é "complementar". "O governo brasileiro sempre agiu rapidamente. Se trata de uma medida complementar, ela não é tão significativa", argumentou. O ministro também enfatizou que esta era a única medida que estava em cogitação dentro do governo e alegou que ela está mais relacionada com o crédito do que com câmbio. "Ela foi tomada naquela ocasião como medida prudencial, pois os bancos estavam tomando excessivo crédito do nosso ponto de vista, e não é bom que bancos estivessem posicionados. Como isso se moderou, resolvemos tomar essa medida", disse.
O ministro fez questão de ressaltar que essas não são medidas permanentes, são de regulamentação econômica. "Foi feita a regressão e voltamos para dois anos. Vamos ver a eficácia da medida." Mantega disse também que a medida poderá ser revista "a qualquer momento". Como exemplo, ele citou que, se o fluxo voltar a aumentar, o governo também voltará a agir para elevar o prazo. "É para isso que aumentamos", justificou.