O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou que a medida que isentou do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) empréstimos no exterior com prazos acima de dois anos foi tomada porque não há mais excesso de liquidez (recursos) no mercado. Decreto publicado na edição de hoje (14) do Diário Oficial da União reduziu o prazo de cobrança do IOF de 6% para empréstimos de cinco para dois anos.
“A medida tinha sido adotada no momento em que existia muita liquidez no mercado e estava entrando muito recurso estrangeiro por intermédio desse mecanismo”, disse Mantega.
Segundo o ministro, os bancos brasileiros estavam tomando muito crédito no exterior e “irrigando” a economia doméstica com o excesso de recursos. Nesse período, o dólar registrou acentuada queda e o real estava sempre em alta.
“Agora, julgamos que esse excesso de liquidez terminou e nós estamos abrindo a possibilidade para que os bancos e as empresas brasileiras voltem a tomar empréstimos no exterior sem essa taxa de IOF”, destacou.
O ministro informou ainda que a medida irá reduzir o custo do crédito e aumentar a oferta de recursos no país, já que o prazo para isenção do IOF passou a ser acima de dois anos.
“Fundamentalmente [é] uma medida de liquidez e aumento da disponibilidade financeira para as instituições e empresas brasileiras”, avaliou.