A Petrobras anunciou na tarde desta quinta-feira seu plano de negócios para 2012 a 2016, com investimentos que totalizam US$ 236,5 bilhões - R$ 416,5 bilhões -, uma média de US$ 47,3 bilhões por ano. A Petrobras anunciou ainda que informará em breve o calendário de eventos de divulgação do plano, com previsão de início no dia 25 de junho. Anteriormente, no plano entre 2011 e 2015, o valor projetado era de US$ 224,7 bilhões. Segundo comunicado enviado pela companhia, o plano tem como objetivo recuperar a curva de produção de óleo e gás natural.
O Plano de Negócios 2012-2016 tem por fundamento a gestão integrada do portfólio de projetos da Companhia e vai enfatizar a recuperação da curva de produção de óleo e gás natural, dar prioridade para os projetos de exploração e produção de óleo e gás natural no Brasil, focar no atendimento e perfeito alinhamento das metas físicas e financeiras de cada projeto e no desenvolvimento dos negócios da empresa com indicadores financeiros sólidos.
O segmento que receberá mais recursos será o de exploração e produção, com investimentos de US$ 141,8 bilhões. Logo em seguida vem as áreas de refino, transporte e comercialização (US$ 65,5 bilhões), gás e energia (US$ 13,8 bilhões), petroquímica (US$ 5 bilhões), distribuição (US$ 3,6 bilhões), biocombustíveis (US$ 3,8 bilhões) e corporativo (US$ 3,0 bilhões).
A companhia ainda diz que, desses US$ 236,5 bilhões, mais de 88% diz respeito a projetos em implantação, enquanto o restante ainda está sendo avaliado. As projeções da companhia foram realizadas tomando como base o barri de petróleo tipo Brent negociado entre US$ 90 e US$ 100.
Mais US$ 18 bilhões por ano
A petrolífera ainda descarta a emissão de novas ações para o financiamento do plano - a empresa estima a necessidade de se capitalizar em US$ 16 bilhões a US$ 18 bilhões por ano -,sendo que os recursos serão exclusivamente provenientes de contratação de novas dívidas. Apesar disso, a alavancagem financeira deve se manter entre 25% e 35%, assim como o limite de duas vezes e meia na relação dívida líquida/Ebitda deve ser mantido, realça o comunicado.
"A geração operacional de caixa se mantém como a principal fonte de financiamento dos investimentos da companhia. O montante de desinvestimentos e reestruturação de ativos foi ampliado no plano, alcançando o valor de US$ 14,8 bilhões, com foco em ativos no exterior", complementa.
Meta de produção: 3,3 milhões de barris por dia
Por fim, a empresa também divulgou uma meta de produção de óleo, LGN (líquido de gás natural) e gás natural de 3,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2016, sendo 3,0 milhões no Brasil. No plano anterior, a meta era de uma produção total de 3,99 milhões de barris em 2015. "A nova curva de produção está baseada na revisão da eficiência operacional dos sistemas em operação na Bacia de Campos e no cronograma de entrada de novas unidades ao longo do período do Plano", justifica.
Para garantir que as metas sejam respeitadas, a Petrobras criou três gerências executivas nas diretorias de engenharia e de exploração e produção, "dedicadas exclusivamente à construção das sondas e unidades estacionárias de produção".
Considerando a produção de óleo e LGN no Brasil, a expectativa é que a partir de 2014 o crescimento ganhe força, a um ritmo em torno de 5% a 6% ao ano. A partir de 2016 a produção ainda deverá ser beneficiada pela entrada de diversas unidades no pré-sal da Bacia de Campos. Assim, a petrolífera espera atingir uma produção de 5,2 milhões de barris por dia em 2020. Para esse e o próximo ano, a petrolífera deve manter a produção em torno de 2%.
Com informações InfoMoney