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Estado de Minas

Homem mais rico do mundo, Carlos Slim compra 8,4% da YPF


postado em 15/06/2012 08:19 / atualizado em 15/06/2012 08:53

O grupo do magnata mexicano Carlos Slim detém agora 8,4% das ações da petroleira argentina YPF, segundo documentos publicados pelo regulador do mercado de ações americano (SEC) e um comunicado da empresa.

O Domitgrupo Financiero Inbrusa de Carlos Slim e outras de suas companhias contam com 32.908.506 ações comuns classe D da petroleira argentina expropriada do grupo espanhol Repsol, de acordo com a SEC.

Segundo o porta-voz do grupo, Renato Flores, não se trata de uma compra e sim de uma execução de garantia por empréstimo à petroleira argentina.

"Há mais de quatro anos, o Inbursa concedeu um crédito à YPF e recebeu ações da empresa como garantia (...). Agora efetivamos tais garantias", precisou Flores.

Já a YPF anunciou que "o empresário mexicano mais importante do mundo, Carlos Slim, adquiriu 8,4% das ações do grupo, iniciando um investimento de longo prazo em uma das empresas mais relevantes do setor de hidrocarbonetos na América Latina".

"Em uma conversa ocorrida nesta tarde com o presidente e diretor-executivo da YPF, Miguel Galuccio, membros do grupo comprador manifestaram a ele que 'veem a YPF como uma companhia sólida e com um bom potencial de crescimento", completa o comunicado argentino.


As ações pertenciam a um sindicato de bancos que emprestou dinheiro ao grupo argentino Petersen para adquirir uma participação na YPF anos atrás. Após a estatização da companhia, Petersen não honrou o crédito e os papéis passaram às mãos dos credores.

Mas Galuccio vê "a incorporação do empresário mexicano ao pacote acionário da empresa como um claro sinal para o mercado financeiro internacional".

Galuccio destacou o aporte de Carlos Slim "porque este é um conhecedor e protagonista do mercado petroleiro internacional". "Também é uma grande demonstração de confiança na Argentina e no novo projeto da companhia".

Nesta terça-feira, a agência de classificação de risco Moody's reduziu a nota da dívida em moeda local da YPF, devido ao "risco de liquidez diante de uma aceleração da dívida de curto prazo" da companhia, e "o desafio recorrente para cumprir suas obrigações de pagamento da dívida de curto prazo".

A presidente argentina, Cristina Kirchner, decidiu em abril passado expropriar da Repsol 51% da YPF, alegando falta de investimentos, o que desatou uma grave crise diplomática com a Espanha.

Em 3 de maio, o Congresso da Argentina sancionou a lei que transferiu ao Estado o controle da YPF (51% das ações), e diminuiu o capital da Repsol de 57,43% para 6,43%, enquanto o Grupo Petersen conservava seus 25,46% e o mercado de ações, seus 17,09%.


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