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Estado de Minas

Dólar abre em alta por causa da Espanha


postado em 18/06/2012 10:52 / atualizado em 18/06/2012 10:54

O dólar à vista no balcão abriu nesta segunda-feira em alta de 0,44%, a R$ 2,050 e, às 10h30, renovou a máxima, de R$ 2,062 (+1,03%). Na BM&F, o dólar spot já começou a ser negociado com valorização de 0,96%, a R$ 2,0590 - máxima até o momento. O movimento acompanha o comportamento do dólar futuro em meio a preocupações crescentes com a Espanha. Após abrir praticamente "de lado", a R$ 2,055 (+0,05%), o dólar futuro que vence em 1º de julho de 2012 cedeu levemente à mínima de R$ 2,0535 (-0,02%) e, em seguida, firmou-se em alta. Às 10h26, o dólar para julho de 2012 estava na máxima de R$ 2,070, alta de 0,78%.

Os preços locais da divisa dos EUA refletem a pressão exercida pelos agentes financeiros globais sobre o euro. A moeda única europeia opera em baixa diante do dólar em meio ao salto das taxas de retorno (yield) dos bônus de 10 anos da Espanha em mais de 30 pontos base, para 7,17% esta manhã. O quadro de recessão no País se reflete ainda no aumento dos empréstimos inadimplentes dos bancos espanhóis ao patamar mais alto em 18 anos.

De acordo com o Banco Central espanhol, 8,72% dos empréstimos feitos pelos bancos, ou 152,74 bilhões de euros (US$ 193 bilhões), estavam com os pagamentos há mais de três meses atrasados em abril, ante 8,37% em março. Os bancos espanhóis têm atualmente 1,75 trilhão de euros de empréstimos em suas carteiras, o que representa cerca de 175% do Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha. Em Nova York, às 10h31, o euro estava em US$ 1,2592, ante US$ 1,2640 no fim da tarde de sexta-feira.


No mercado doméstico, a valorização do dólar hoje representa interrupção das perdas contabilizadas nas últimas duas sessões. O recuo da divisa dos EUA ante o real na quinta e sexta-feira passadas respondeu à flexibilização do IOF de 6% sobre os empréstimos externos diretos, que desde a última quinta-feira passou a incidir sobre operações com prazos de até dois anos em vez de até cinco anos. Os agentes financeiros ainda acreditam que novas ações poderão ser adotadas pelo governo brasileiro, caso a crise na zona do euro volte a se agravar.

Como a saída da Grécia da zona do euro está descartada, pelo menos de imediato, diminui a possibilidade de uma intervenção coordenada dos BCs no mercado financeiro global. Contudo, os investidores seguem apreensivos com a saúde fiscal, da economia e do sistema bancário da Espanha e Itália. O futuro desses dois países e da zona do euro como um todo serão debatidas durante a sétima reunião de líderes do G-20, que começa hoje em Los Cabos, no México. As discussões devem mencionar possíveis suportes financeiros do G-20 aos fundos europeus de socorro à economia e aos bancos da região.

Ontem, o presidente da China, Hu Jintao, disse que a dívida soberana europeia é "um assunto de preocupação geral" e pediu esforços conjuntos dos membros do G-20 sobre essa questão, segundo a agência de notícias Xinhua. "O G-20 deve tratá-lo por meio de um caminho de cooperação e construção, encorajando e apoiando os esforços da Europa para resolver a situação e mandando um sinal de confiança ao mercado." Ainda assim, não se espera que a solução para os problemas da zona do euro, sobretudo da Espanha, saia desse evento.

Quanto à reunião de política monetária do Federal Reserve, amanhã e quarta-feira, há expectativas entre os agentes financeiros de que novas medidas de estímulo para a economia do país poderão ser discutidas. Por conta disso, o dólar continua sob pressão de baixa, disse um operador de uma corretora.


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