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Estado de Minas

Gasolina deve ficar mais cara

Ministro admite que governo está analisando pedido da Petrobras para reajustar os combustíveis ainda neste ano


postado em 20/06/2012 06:00 / atualizado em 20/06/2012 07:37

Brasília – Abastecer o carro com gasolina no Brasil deve ficar mais caro neste ano. Sob a alegação de prejuízos, por causa da defasagem entre os preços no país e no exterior, a Petrobras tem pressionado o governo para que autorize um reajuste. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, compadeceu-se com os apelos da presidente da petroleira, Maria das Graças Foster, e, ontem, não só defendeu o aumento como garantiu que ele está em análise. As estimativas são de que apenas no ano passado a Petrobras tenha perdido mais de R$ 7 bilhões por não ter repassado a alta do petróleo no mercado internacional para as bombas dos postos.

Nessa terça-feira, Foster também afirmou que o aumento do percentual de etanol misturado à gasolina – acima de 20% – seria “muito importante” para oferecer uma solução econômica à manutenção de preço dos combustíveis. No entanto, eventual aumento de etanol na fórmula deve ser feito de forma sustentável, de modo a garantir que toda a demanda nacional seja atendida. Ela reforçou que a decisão sobre o tema cabe ao governo federal e ao Ministério das Minas e Energia (MME). A executiva deixou a entender “que o MME esteja fazendo estudos nesse sentido”.

Se para os consumidores a possibilidade de aumento da gasolina pode causar incômodo no bolso, para os investidores a fala do ministro tem tom de boa notícia e repercutiu positivamente na Bolsa de Valores de São Paulo (BMF&Bovespa). As declarações de Lobão ocorreram uma semana após a presidente da Petrobras afirmar que o plano de negócios da empresa só teria viabilidade com reajustes dos preços da gasolina. “Nós temos preocupação com a Petrobras, sim, e é preciso entender que os preços dos combustíveis não sobem na bomba há mais de nove anos. O aumento que teve recentemente pela Cide não foi repassado ao consumidor”, disse o ministro durante um evento sobre energias renováveis na Rio+20, no Rio de Janeiro.

Na bolsa O investidor entendeu o recado de Lobão como possibilidade de reajuste ainda em 2012 e apostou nas ações da petroleira. As ações ordinárias, que dão direito a voto nas decisões da companhia, subiram 4,82%. Já as preferenciais, que dão direito ao seus detentores de receber dividendos antes que outros acionistas, saltaram 3,97%. Com a alta, a Petrobras  fez a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrar a terceira alta seguida e voltar para os 57 mil pontos, nível que não atingia desde 14 de maio. O Ibovespa encerrou com ganho de 1,78%, aos 57.195,49 pontos.

Para os analistas, as ponderações da presidente da estatal e a fala do ministro têm fundamento. “Existe uma clara defasagem e isso traz distorções”, observou Alexandre Maia, economista-chefe da gestora de recursos Gap Investimentos. “A defasagem ainda é tolerável pela Petrobras, mas quando ela começar a operar o pré-sal definitivamente, os prejuízos vão crescer expressivamente”, alertou Felipe Chad, sócio-diretor da corretora DX Investimento. Apenas em 2011, o preço da gasolina subiu 10%. (Com agências)


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