O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) ficou em 0,18% em junho, bem abaixo da taxa de 0,51% registrada em maio, de acordo com os números divulgados hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho do ano passado, a taxa havia ficado em 0,23%.
Com esse resultado, a variação do IPCA-E (acumulado do IPCA-15) no segundo trimestre de 2012 atingiu 1,12%, abaixo da verificada no mesmo período de 2011, 1,71%. O IPCA-E fecha o primeiro semestre do ano com uma taxa de 2,58%, 1,52 ponto percentual abaixo do resultado de igual período do ano anterior (4,10%). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice está em 5%, ligeiramente abaixo dos 5,05% dos 12 meses anteriores.
Entre os setores pesquisados, o de transportes, com deflação de 0,77%, foi o que mais contribuiu para a forte redução do IPCA-15 em junho. Segundo o IBGE, isso é um reflexo do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) zero para automóveis novos, a partir de 21 de maio, e da queda de 1,51% no preço do etanol, como consequência das baixas cotações da cana-de-açúcar e da gasolina.
Já a maior pressão foi exercida pelo grupo dos alimentos, com 0,66%. Entre outros produtos, ficou mais caro, no período da pesquisa, comprar tomate (aumento de 19,48%), cebola (16,22%) e batata (6,7%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de maio a 13 de junho, nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém, além das cidades de Brasília e Goiânia. O indicador se refere aos gastos de famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.