Os metais básicos operam em baixa, estendendo as perdas apresentadas nesta quinta-feira em reação a preocupações com a economia global. Além de indicadores econômicos fracos ao redor do mundo, o rebaixamento dos ratings de 15 bancos pela Moody's acentuou o sentimento negativo, reduzindo o apetite por risco.
"Atualmente, todos os indicadores apontam para uma queda nos preços: o sentimento nos mercados financeiros permanece muito sombrio, o crescimento econômico deverá se desacelerar mais, o dólar ainda mostra força e não há uma solução rápida para a crise do euro em vista", comentaram analistas do Commerzbank. Por outro lado, os fundamentos estão melhores do que os preços sugerem e o banco prevê que um piso será alcançado no fim do verão (no hemisfério norte).
Os recentes declínios nos preços podem levar os produtores de metais básicos a reduzir a produção, segundo William Adams, analista da FastMarkets.com. Embora US$ 18.000 por tonelada seja um nível significativo para produtores de níquel e estanho, o valor de US$ 1.800 por tonelada é um patamar em que os produtores de alumínio, zinco e chumbo podem começar a reduzir a produção, disse.
Por volta das 8h (de Brasília), o cobre para três meses era negociado na London Metal Exchange (LME) a US$ 7.282,75 por tonelada, uma queda de 0,8% sobre o fechamento de ontem, depois de ter atingido mais cedo a mínima em seis meses de US$ 7.219,50 por tonelada. O alumínio caía 0,03%, para US$ 1.869,50 por tonelada; o zinco recuava 0,9%, para US$ 1.807 por tonelada; o níquel cedia 0,8%, para US$ 16.320 por tonelada; o chumbo declinava 0,5%, para US$ 1.819,25 por tonelada; e o estanho tinha queda de 2,1%, para US$ 18.404 por tonelada.
Na Comex, o cobre para julho caía 0,41%, para US$ 3,2845 por libra-peso, às 8h40 (de Brasília). As informações são da Dow Jones.