A utilização da capacidade instalada da indústria de materiais de construção no País recuou para 83% em junho, queda de cinco pontos porcentuais ante os 88% de igual mês do ano passado. Já na comparação com maio deste ano houve alta de dois pontos porcentuais, o que representa a primeira melhora mensal desde o começo do ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
Com o menor ritmo das operações também houve queda nas intenções dos empresários em investir ao longo dos próximos 12 meses. De acordo com a pesquisa, em junho 61% da indústria pretendia realizar investimentos. Esse dado está abaixo dos 78% vistos em junho de 2011 e dos 71% de maio deste ano.
A sondagem também indicou que caíram as expectativas dos empresários em relação às ações do governo federal para o setor da construção civil nos próximos 12 meses. Em junho 46% estavam otimistas. Já em maio e em junho de 2011, esse patamar era de 54%.
Em nota, o presidente da Abramat disse que "a inversão do quadro se dará na medida em que os investimentos públicos para o setor forem intensificados". No começo do ano, o setor tinha a expectativa de que as obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e dos eventos esportivos (Copa do Mundo e Olimpíadas) fossem aceleradas, o que não tem ocorrido no ritmo previsto. Os empresários também reivindicam prorrogação e novos cortes de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os materiais de construção e incentivo ao crédito para a compra de materiais no varejo.
Vendas - No mercado interno, o desempenho de vendas da indústria de materiais de construção em junho foi considerado bom por 49% das empresas. Em maio, esse índice foi de 34%. Para julho, a expectativa de vendas é boa para 56% das empresas.
No mercado externo, o desempenho de vendas da indústria de materiais de construção em junho foi considerado bom por 35% das empresas. Em maio, esse índice foi de 22%. Para julho, a expectativa de vendas externas é boa para 35% das empresas.