A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) estuda readequação nos contratos de 950 prestadores de serviços terceirizados no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. O estudo pode resultar na demissão de funcionários. O Sindicato Nacional dos Empregados em Empresas Administradoras de Aeroportos (Sina) teme que haja corte de 25% no pessoal, mas a Infraero alega que nenhum enxugamento de trabalhadores foi definido.
“O aeroporto está em obras, com aumento do número de passageiros, e não há como reduzir o número de funcionários. É como se fosse dar um tiro no próprio pé”, afirma Leandro Pinheiro, diretor do Sina. O sindicato entregou ontem ao Ministério Público Federal (MPF) denúncia de possíveis demissões na Infraero.
“A medida pode resultar em atraso de voos, aumento de filas e insatisfação dos passageiros. E os aeroportos estão interligados. Se há problemas em um, os outros também ficam prejudicados”, diz Pinheiro. Segundo ele, o efetivo do aeroporto hoje já está abaixo do necessário.
O sindicato avalia que os trabalhadores terceirizados prejudicados seriam os condutores de ônibus para embarque e desembarque e no terminal de carga aérea, funcionários de limpeza, de estacionamento, de manutenção de área verde e de pontes de embarques. “Queremos tentar reverter essa decisão”, afirma Pinheiro.