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Estado de Minas

Aluguel de tablets chega a BH e vira bom negócio

Custo alto do aparelho e demanda por período curto garantem lucro


postado em 26/06/2012 06:00 / atualizado em 26/06/2012 07:19

Depois de trabalhar boa parte da vida numa firma que desenvolve sistema para locadoras de diferentes produtos, o analista Luiz Carlos Martins de Oliveira, de 51 anos, decidiu montar o próprio negócio. Ele pesquisou as tendências do mercado globalizado, a concorrência em vários setores e concluiu que a melhor aposta seria faturar com aluguéis de tablets e acessórios. “É um mercado promissor, pois são aparelhos que estão em alta”, justificou o empreendedor, dono da loja virtual alugueumtablet.com.br, a primeira do gênero em Belo Horizonte, inaugurada há dois meses. Luiz se inspirou nos jovens paulistanos Guto Ramos e Rony Breuel, ambos de 25, pioneiros neste tipo de serviço no Brasil.

"É um mercado promissor, pois são aparelhos que estão em alta", diz Luiz Carlos Martins, dono do site alugueumtablet.com.br (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

A dupla é dona da BR Mobile, aberta em abril de 2011 e cujo faturamento, nos primeiros 12 meses de operação, atingiu R$ 1 milhão. Guto e Rony, ambos graduados em administração, estudam montar duas filiais no país: uma no Rio Grande do Sul e outra em Belo Horizonte. “Nossa meta é dobrar o valor no segundo ano. O mercado vai muito bem. Quando montamos a BR Mobile, ocupávamos uma sala de 18 metros quadrados no Bairro Itaim Bibi. Agora estamos na Vila Olímpia, num espaço de 100 metros quadrados”, conta Rony, que começou a explorar o mercado com apenas seis tablets. Hoje, a BR Mobile tem mais de 250 aparelhos.

O pioneirismo dos dois jovens vem despertando o espírito empreendedor em moradores de São Paulo e de outros estados. Em Minas, Luiz Carlos deseja alcançar o mesmo sucesso dos rapazes. A receita para isso, explica, é dedicação, experiência em lidar com clientes e conhecer a fundo as vantagens do negócio. Ele explica que os principais consumidores desse tipo de serviço são pessoas jurídicas: “Elas alugam os aparelhos por alguns dias. São usados em eventos, reuniões, treinamentos”. Pessoas físicas também buscam esse tipo de serviço.

Público Em São Paulo, por exemplo, cresce a demanda por aluguel entre estudantes que usam o aparelho por apenas um dia para auxiliá-los em apresentação de trabalhos e defesas de dissertações e teses. O preço do aluguel não é alto (se comparado ao valor de venda)”. Na alugueumtablet, a diária de um iPad 2/Apple, de 16G, com 3G, wi-fi, bluetooth, USB, GPS e 9,7 polegadas, sai R$ 17,90 na loja virtual de Luiz Carlos. Quem deseja comprar o mesmo aparelho pagará, em média, R$ 1,5 mil. Há dois meses, em Curitiba (PR), Robinson Caserta, de 44, fundou a loja virtual tabrent.wix.com.

Lá, o aluguel mensal de um iPad 2 sai a R$ 675. “Se o período de 30 dias for suficiente para a pessoa (fazer seu trabalho), a economia será boa. Afinal, um equipamento novo custa cerca de R$ 1,5 mil. A economia, portanto, será de R$ 825”, calculou o empresário, que também atua como corretor de imóveis. “Estou conseguindo acumular as duas tarefas.”

Especialistas destacam que, financeiramente, o aluguel pode não ser vantagem para o contratante se o desejo for alugar o aparelho por três meses ou mais, pois o preço do serviço será superior ao de um novo equipamento. Por outro lado, caso o equipamento seja usado constantemente, o aluguel por tempo superior a três meses pode ser vantagem. Isso porque contratos dessa natureza eliminam o custo de manutenção com os equipamentos, além de garantir a reposição de outra unidade em caso de defeito.

Pesquisa Vários estudos mostram que os tablets não são usados apenas para a vida pessoal. Levantamento divulgado há dois meses pela Accenture revelou que o Brasil é o país com maior percentual de donos desses aparelhos que também os usam profissionalmente. Aqui, o índice foi de 61%. Já o percentual médio nos 10 países em que a pesquisa foi realizada é de 5%. Entre as principais justificativas para a aquisição dos tablets estão a portabilidade (é fácil de serem transportados), a inovação e ser mais funcional do que um telefone móvel.

 

Palavra de especialista
Pedro Martins Parreira, consultor, diretor da Parcon e mestre em Economia de Empresas
Inovar é preciso
“Esse case da BR Mobile reflete uma tendência do mercado atual. O negócio não se desenvolve apenas pelos recursos financeiros e materiais. Cada vez mais é necessário um grau de conhecimento e inovação elevado. O que passa a definir o crescimento das empresas são dois fatores: o produto/serviço inovador ou uma gestão inovadora. Para os novos empreendedores, é importante estar atento ao mercado, à concorrência e ainda a erros comuns nas médias empresas, que vão desde as falhas na precificação, a falta de qualidade no produto/serviço e podem minimizar lucros e até derrubar boas ideias.”


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