Pelo segundo mês consecutivo, a taxa de desemprego ficou estável no conjunto das sete regiões onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) fazem a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). De abril para maio, a taxa passou de 10,8% para 10,6%, o que a pesquisa considera relativa estabilidade.
Esse resultado reflete em parte a elevação das ofertas de trabalho em Salvador (1,4%), no Distrito Federal (1%) e em Porto Alegre (0,6%). Na capital mineira, a taxa teve variação de 0,3% e em São Paulo, de 0,1%. Já em Fortaleza, houve queda de 1,5% e em Recife, de 5%.
As maiores chances de trabalho foram verificadas no setor de serviços, com aumento de 1,4% e criação de 150 mil vagas. No comércio, houve um corte de 96 mil postos (-2,9%); na construção civil, de 20 mil (-1,5); e na indústria, de 3 mil (-0,1%). Em outros setores, categoria que inclui o emprego doméstico, a taxa ficou estável em 0,2%, com a contratação de 3 mil trabalhadores.
O rendimento médio dos ocupados, incluindo os autônomos, aumentou em 0,7% em abril, com o valor médio de R$ 1.477. Já o ganho dos assalariados teve leve redução de 0,3%, passando para R$ 1.523.
Assim como o Dieese e a Fundação Seade, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga levantamento mensal sobre o desemprego no país. No entanto, as taxas apresentadas nas duas pesquisas costumam ser diferentes, devido aos conceitos e metodologia usados.
Entre as diferenças está o conjunto de regiões pesquisadas. A PED, feita pelo Dieese e pela Fundação Seade, não engloba o levantamento dos desempregados da região metropolitana do Rio de Janeiro. Já na Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, não estão incluídas duas regiões que fazem parte do conjunto da PED: Fortaleza e o Distrito Federal.