A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi de 5,0% da População Economicamente Ativa (PEA) em maio deste ano, a mesma registrada no mês anterior. Assim como no mês de abril, a taxa é a menor registrada na série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED-RMBH), iniciada em 1996, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, pela Fundação João Pinheiro, Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego (Sete), Dieese e Fundação Seade.
Entre as sete Regiões Metropolitanas avaliadas pela PED - Belo Horizonte, Distrito Federal, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo - , a taxa de BH mantém a menor taxa de desemprego pelo 11º mês consecutivo. “O que mais impacta para que a taxa da RMBH permaneça a menor entre as regiões metropolitanas é o peso forte do setor de serviços, que representa 57% das pessoas que estão empregadas no mercado de trabalho hoje”, explica o coordenador da PED pela Fundação João Pinheiro, Plínio Campos.
No período avaliado, houve ligeiro acréscimo no contingente de ocupados - 7 mil -, mesmo número de pessoas que passaram a fazer parte do mercado de trabalho, o que resultou na estabilidade do número de desempregados. O tempo médio de procura por trabalho foi de 25 semanas, uma a mais que o mês de abril.
Setores
Na comparação com o mês de abril, o setor de serviços registrou aumento de 23 mil empregos, o agregado “outros setores”, 5 mil e a indústria, 3 mil. Em movimento contrário, construção civil e comércio sofreram reduções de 13 mil e 11 mil, respectivamente.
Entre abril de 2011 e abril de 2012, houve acréscimo de 56 mil postos de trabalho no setor privado (4,4%) e de 8 mil ocupações no emprego público (2,5%). Foram registrados aumentos de 83 mil (7,4%) trabalhadores assalariados com carteira assinada e de 11 mil (7,8%) ocupados no setor de empregados domésticos.
“É importante ressaltar que a geração de novas ocupações foi suficiente para absorver todas as pessoas que ingressaram no mercado de trabalho, o que fez com que a taxa permanecesse estável. Outro fato que chama a atenção é o de que, pelo sétimo mês consecutivo, observamos aumento na ocupação”, analisa Campos.
Rendimentos
Em abril o rendimento real médio dos ocupados foi estimado em RS 1.403, sendo registrada redução de 0,9%, se comparado a março. No setor privado foi observada relativa estabilidade no salário médio da indústria (0,3%). Em contrapartida, houve redução de 2,2% no salário médio do setor de serviços e de 4,6% no do comércio. “A expectativa para os próximos meses é de que teremos taxas menores, se comparadas às ano anterior”, conclui Plínio Campos.