Uma das mentoras do Comitê de Aquisições e Fusões (CAF), oficializado nesta quarta-feira, a BM&FBovespa será a primeira companhia brasileira a aderir a suas regras, afirmou o presidente da bolsa, Edemir Pinto.
Segundo ele, ainda não está definido se a sede do comitê de autorregulação ficará em São Paulo. O presidente do CAF poderá ser um membro das entidades fundadoras - BM&FBovespa, Amec, Anbima e IBGC - ou alguém de fora, eleito pelo conselho do CAF.
Até hoje a bolsa paulista foi a principal financiadora do trabalho de criação do comitê, iniciado há dois anos e meio pelo jurista Nelson Eizirik. Segundo Edemir, um dos desafios à frente será a elaboração do plano de negócios que definirá despesas e receitas do comitê. O objetivo é que ele opere de forma independente.
"É uma evolução para o mercado de capitais brasileiro. Agora começaremos o trabalho de prospectar parceiros para o CAF, o que inclui não só os emissores (companhias) como outros participantes do mercado, como bancos de investimento e escritórios de advocacia", disse Edemir.
Além de um quadro técnico da apoio, o comitê terá um colegiado formado por nove membros, cinco indicados pelas entidades de mercado e quatro independentes. O presidente do CAF será eleito por seus membros e o primeiro será indicado pela Bolsa. Em princípio, Anbima, BM&FBovespa, Amec e IBGC devem custear as atividades, mas a ideia é cobrar pelos serviços e se tornar um órgão independente.