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Estado de Minas

BC agora vê queda de 1,5% para produção agropecuária


postado em 28/06/2012 10:12

A reversão da projeção do Banco Central, de crescimento para queda, da atividade agrícola brasileira foi o principal fator de revisão para baixo da estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2012 de 3,5%, vista nos dois últimos relatórios trimestrais de inflação, para 2,5% no documento divulgado na manhã desta quinta-feira. A autoridade monetária também diminuiu a expectativa de expansão dos setores de indústria e serviços.

A nova estimativa do BC incorpora resultados do primeiro trimestre do ano, os dados preliminares referentes ao segundo trimestre e a atualização do cenário macroeconômico para a segunda metade do ano. Mais uma vez, a avaliação do BC é a de que a atividade vem ocorrendo de "forma bastante gradual" no período de abril a junho.

A previsão da autoridade monetária é a de que a produção agropecuária deva recuar 1,5% em 2012, uma diferença de 4

pontos porcentuais na comparação com a estimativa anterior. O BC explica no documento que a revisão refletiu, em especial, o resultado negativo do primeiro trimestre do ano, quando o segmento registrou queda de 8,5% em relação ao período equivalente de 2011. A autoridade monetária deu destaque para as perdas na produção de soja.

Já a expansão anual do setor industrial para 2012 está estimada em 1,9%. A redução de 1,8 ponto porcentual em relação à estimativa anterior evidencia, de acordo com o BC, as revisões relacionadas à indústria extrativa, de 5% para 3%; à indústria de transformação, de 3% para 0,5%; à construção civil, de 5% para 4% e à produção e distribuição de eletricidade, gás e água, de 3,6% para 3,5%.

O crescimento projetado para o setor de serviços foi revisto de 3,3% para 2,8%. A mudança se deu com reduções nas estimativas de expansão de seis das sete atividades incluídas na análise. Em especial, a autoridade monetária citou os segmentos de intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relativos, de 6,5% para 4,0%; outros serviços, de 2,5% para 1,9%; e transporte, armazenagem e correio, 3,9% para 3,3%.

"Essas alterações, além de incorporarem os resultados relativos ao primeiro trimestre e variáveis coincidentes do segundo trimestre, consideram o impacto sobre o setor de serviços das revisões nas estimativas de crescimento dos setores primário e secundário", comentou a diretoria do banco no documento.


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