Além de reduzir estimativas de expansão dos três ramos de atividade que compõem o Produto Interno Bruto (PIB), o Banco Central diz que revisou também sua estimativa para o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) de 5% para 1%. A informação está no Relatório Trimestral de Inflação do BC, divulgado nesta quinta-feira.
O relatório revela que, para o segundo semestre, o BC espera recuperação da demanda, tanto em relação à construção civil como na absorção de máquinas e equipamentos. "A revisão está associada ao recuo interanual de 2,1% registrado no primeiro trimestre e aos indicativos, considerado o desempenho de variáveis coincidentes, de recuperação moderada no segundo trimestre", avaliaram os diretores do banco no documento.
O BC diminuiu também a projeção de crescimento do consumo das famílias, que deve ser de 3,5%, e não mais de 4%, conforme constava no documento divulgado três meses atrás. A previsão do consumo do governo, porém, foi mantida em 3,2%.
Em relação ao cenário externo, a autoridade monetária aumentou a projeção de crescimento das exportações em 2012, de 3% para 4 1%. Diminuiu, porém, a expectativa de crescimento das importações, de 7% para 5,6%. "A revisão no prognóstico para as vendas externas está em linha com o resultado do primeiro trimestre e as perspectivas de baixo crescimento global, enquanto a redução na estimativa para as importações incorpora o resultado do primeiro trimestre e leva em conta o recuo nas projeções para o consumo das famílias e para a formação bruta de capital fixo."
A contribuição da demanda interna para a expansão anual do PIB está estimada em 2,7 pontos porcentuais, a menor desde 2005, com exceção de 2009. Já a do setor externo deverá exercer impacto negativo de 0,2 ponto porcentual para a evolução do agregado em 2012.