Os supermercados paulistas voltaram ontem a fornecer sacolas plásticas aos consumidores. Porém, a distribuição agora é feita pelos operadores de caixa, que decidem quantas sacolas são necessárias para o transporte das compras. Alguns clientes reclamaram.
Segundo o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), João Galassi, o controle sobre a distribuição de sacolas já acontece em várias cidades do País. "Nós queremos acabar com a cultura do desperdício", disse. "A recomendação da juíza não é distribuir de forma adequada e em quantidade suficiente? Isso nós estamos fazendo."
De acordo com a determinação da juíza Cynthia Torres Cristófaro, da 1.ª Vara Central da capital, todos os supermercados devem "fornecer embalagens adequadas e em quantidade suficiente para que os consumidores levem suas compras, gratuitamente". O texto, porém, não fala nada sobre como deve ser feita essa distribuição.
Galassi afirmou que a Apas continuará com os projetos de criação de um fundo socioambiental - para apoiar projetos educativos e atender populações atingidas por enchentes e fenômenos climáticos - e de intensificação de campanhas publicitárias para despertar a consciência ecológica do consumidor.
"Não vamos mudar uma vírgula do que tínhamos planejado", disse. "A única proposta que vamos mudar é o reembolso ao cliente pelas sacolas plásticas devolvidas, porque, afinal, somos nós que estamos fornecendo." Antes da decisão judicial, os supermercados analisavam a possibilidade de reembolsar os consumidores que devolvessem a sacola utilizada em forma de desconto, de R$ 0,07 a R$ 0,25 por unidade, dependendo do modelo.