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Estado de Minas

Juros respondem com alta às notícias da Europa


postado em 29/06/2012 10:17

Os contratos futuros de juros respondem em alta à melhora externa. A reunião de cúpula da União Europeia (UE) ainda está em andamento e só deve ser concluída no fim desta sexta-feira, mas líderes europeus disseram que fecharam um acordo sobre medidas que tendem a reduzir os custos dos empréstimos da Espanha e da Itália. Os planos envolvem a criação de um supervisor financeiro único para fiscalizar bancos na zona do euro e recursos para estimular o crescimento. E o rali pró-risco traz recompras de ações e commodities e vendas de Treasuries, o que provoca correlata alta nos juros projetados nos papéis.

De acordo com os analistas do Scotiabank, as determinações do encontro podem ser resumidas em alguns pontos, entre eles o de que será criado um único supervisor do setor bancário, que incluiria o Banco Central Europeu. Assim que o supervisor bancário entrar em atividade o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) pode ter a possibilidade de capitalização direta dos bancos. De acordo com o Scotiabank, casos semelhantes ao da Irlanda serão tratados em igualdade de condições. A Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) será usada até que o ESM entre em funcionamento. Os empréstimos do EFSF serão transferidos para o ESM. Mas, em eventual caso de default dos títulos transferidos, o ESM não se tornará credor preferencial ou o primeiro da fila a receber dos países em default, cortando a fila em relação aos outros credores.


Houve, ainda, um acordo para liberar 120 bilhões de euros em recursos a fim de estimular projetos de infraestrutura e gerar emprego, combatendo a recessão. Na reação inicial às informações, o S&P 500 indicava alta de 1,72% e o Nasdaq 100 futuro, 1,76%. O juro da T-Note de 10 anos estava em 1,6318%, de 1,5888% no final da tarde de quinta-feira, já que os investidores se desfazem de títulos, pressionando os preços dos papéis. Os juros projetados nos títulos da Espanha e Itália cediam no mercado secundário.

Às 9h46, o contrato para janeiro de 2011 estava em 7,65%, de 7,62% na quinta-feira. O contrato para janeiro de 2014 apontava 7,94%, de 7,87%. Não houve negócio ainda com o contrato para janeiro de 2021 na plataforma da BM&FBovespa.

"O clima externo deve dar uma segurada nas taxas hoje", comentou o gerente de renda fixa da Lerosa Investimentos, Carlos Fernando Vieira. No dia, Vieira destaca a divulgação do resultado consolidado do setor público (Governo Central, Estados, municípios e estatais), sobretudo os dados da relação dívida/PIB. O resultado do mês deve ficar muito abaixo do registrado em abril, de R$ 14,240 bilhões, e também aquém do apurado em maio de 2011, de R$ 7,506 bilhões, em termos nominais.

Pesquisa do AE Projeções feita com 16 instituições do mercado financeiro aponta

intervalo das previsões para o indicador entre R$ 3,700 bilhões e R$ 5,500 bilhões, com mediana de R$ 5,000 bilhões. "Mas só alguma coisa diferente do esperado pode alterar o mercado", complementou.

Nesta sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP) subiu 1,65% em maio. O instituto revisou ainda para cima a taxa de abril, que tinha ficado em 1,38% e agora passou a 1,46%. O IPP não tem influenciado a precificação na curva, já que o baixo dinamismo da economia tem entupido o canal de repasse dessas pressões de preços no atacado para o consumidor final.


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