O superávit primário, receitas menos despesas, excluídos os juros da dívida, do setor público consolidado – governo federal, estados, municípios e empresas estatais – chegou a R$ 2,653 bilhões, em maio, segundo dados divulgado nesta sexta-feira pelo Banco Central (BC). O resultado é bem menor do que o registrado em igual mês de 2011, R$ 7,506 bilhões.
Nos cinco primeiros meses do ano, o superávit primário ficou em R$ 62,865 bilhões, ante R$ 64,82 bilhões registrados de janeiro a abril de 2011. Em 12 meses encerrados em maio, o resultado ficou em R$ 126,756 bilhões, o que representa 2,97% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). A meta para este ano é R$ 139,8 bilhões.
O esforço fiscal do setor público não foi suficiente para cobrir os gastos com os juros nominais (encargos financeiros) que incidem sobre a dívida. Esses juros chegaram a R$ 18,717 bilhões, em maio, e acumularam R$ 94,908 bilhões, nos cinco meses do ano. Com isso, o déficit nominal, que são receitas menos despesas, incluídos os gastos com juros, ficou em R$ 16,064 bilhões, no mês passado, e em R$ 32,043 bilhões, de janeiro a maio.
Nos cinco meses, o Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência) registrou superávit primário de R$ 46,043 bilhões, enquanto os governos regionais (estaduais e municipais) apresentaram resultado de R$ 17,202 bilhões. As empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram de déficit de R$ 380 milhões.
Somente em maio, o superávit primário do Governo Central foi R$ 1,558 bilhão. Os governos regionais registraram R$ 1,246 bilhão e as empresas estatais, déficit de R$ 151 milhões.